A Citânia de São Julião de Caldelas[nota 1] fica localizada no alto do monte de São Julião que domina a parte final do Vale do Homem, na freguesia de Ponte, e uma pequena parte na freguesia de Coucieiro, ambas no Município de Vila Verde, distrito de Braga, em Portugal.[1]
Foi essa localização estratégica (controlo do vale)[2], com os recursos (termais, silvo-pastoris, cinegéticos, minerais, líticos...) presentes na região, que permitiram a edificação e o desenvolvimento duma das principais citânias do país.[3]
História
A Citânia nasceu por volta de 900 anos a.C.[4] no topo do monte e à volta duma gruta (Cova da Moura). Embora haja provas duma primeira ocupação no IV ou III milénio a.C. (presença de cerâmicas de tipo “Penha”), de várias outras por intermitência nos finais do II milénio a.C. (cabanas com chão em saibro, buracos de postes), a monumentalização e ocupação definitiva começou há 3000 anos no topo do monte com cerca de 9 cabanas protegidas por uma muralha (acrópole) e uma área reservada ao culto ritual com gravuras rupestres. A Dra Bettencourt estimou a população inicial em 40 pessoas. É a ocupação mais antiga da bacia do Cávado.
Depois, a Citânia, pouco a pouco foi-se alargando, ganhando em população, atingindo o seu apogeu no início da nossa era, num importante povoado protegido por 4 muralhas concêntricas, chefiado por Malceino, filho de Dovilonis (cuja estátua foi encontrada por acaso, nos anos 80 do século passado, na construção dum caminho).
Paróquia de Santo Adriano do Monte
Pelo documento conhecido como Censual de entre Lima e Ave[nota 2] ou censual de D. Pedro de Braga, datado de 1089, sabemos que a citânia era conhecida depois da reconquista como: Santo Adriano do Monte.
Extrato do Censo de D. Pedro[nota 3]:
486-De Sancto Johanne de Conciliario II modios (São João de Coucieiro)
487-De Sancto Vicenti de Ripa de Homine II modios (São Vicente da Ponte)
488-De Sancto Adriano de Monte III bracales[nota 4] (Citânia)
489-De Sancto Micahel de Onoriz I modium (São Miguel de Oriz).[5]
Tudo indica que durante o período suevo, século VI, com a construção duma Igreja, a citânia transformou-se em paróquia, essa igreja primitiva, em ruína foi encontrada pelo Padre João Freitas, que a descreve assim, sem se dar conta da descoberta.
“
Separada por um muro a norte, apareceu a Casa nº 8 – De boa cantaria revestida interiormente de pedra miúda como a casa nº 2, circular, diâmetro de 5 metros, porta de 0,80 m. No entulho desta casa sobretudo nos recintos que a cercam (estábulos?) encontraram-se grandes quantidades de olarias fragmentadas, montões de fragmentos de tégula. Neste recinto, encontraram-se a norte da casa nº8, duas colunas de granito, uma completa, de 30 cm de base, 18 cm de diâmetro na maior espessura e 1,47 m de altura, partida em três fragmentos, que, reconstituída, guardo junto à minha residência em Caldelas. Esta, de bom paramento contrasta com a outra encontrada no mesmo sítio, grosseiramente trabalhada. Neste sector, encontraram-se duas pedras com sinais cruciformes, uma recolhida, a outra no lugar que ocupa, felizmente, sem, até hoje, ter sido deslocada.[6]”
”
Casa redonda, as colunas, os “montões” de fragmentos, possivelmente de lamparina, as cruzes (uma com o cristograma ΙΧΘΥΣ (foto abaixo), tudo indica a presença dum templo cristão ou paleo-cristão, duma paróquia possivelmente com o nome de Senequino ou Senesquio, nome que consta no paroquial suévico do fim do século VI, do concilio de Lugo, dizendo que essa paróquia, fica a pouca distancia de Braga.[7] Pelo estudo de Almeida Fernandes[8] sabemos que esse nome de Senequino poderá ter-se transformado em Sanguinho(a). Justamente, o Doutor Cónego Avelino de Jesus da Costa falando de São Julião cita um documento de 1078 que descreve Lanhas como sendo ao pé do Monte de Santo Adriano aonde passa o ribeiro Sanguineto (hoje, ribeira do Tojal) que deu nome a um Lugar do Pico São Cristóvão: Sanguinhedo, “ In Villa Lagenas sub monte Sancti Adriani rivulo Sanguineto território Bracarensi”.[9] (forma muito próxima de Sanguinho) que poderá ser a evolução natural do nome da antiga vila.
Lugar de Crasto
A citânia, deixa de ser paróquia no tempo de D. Sancho I, porque o último documento conhecido que faz referência a paróquia de Santo Adriano, é a divisão dos Arcediagados bens e rendimentos da diocese, do arcebispo de Braga D. Godinho feito em 1188[10] e ela não consta da primeira Inquirição de 1220.[11] Junta-se então a paróquia de São Vicente como, lugar de Crasto entre 1188 e 1220.[10]
Nas inquirições de 1258, o nome de Pelágio Aires aparece como senhor de Crasto:
“
Item, dixerunt do Crasto que fora de Pelagio Ayras et que a viram andar in Onra.[12]
Também da freguesia de São Vicente de Coucieiro, no lugar que chamam Crasto, achei no rol del Rei que era todo devasso, porque era de lavradores. Eu mando que o será, e que, e entre o mordomo, pelos direitos del Rei, salvo o que for de fidalgos...
”
Já não é honrado, e tem que pagar impostos, sob coação do mordomo do rei, o que terá ditado provavelmente, o fim da occupação da citânia.
Pois sabemos que a citânia foi ocupada aparentemente sem interrupção até ao tempo de Afonso V de Portugal (os vestígios mais recentes encontrados nas escavações da citânia feitas pela Dra. Bettencourt foram: uma moeda desse tempo, nomeadamente um ceitil, e cerâmicas do século XV).
Escavações
Embora já referenciada, a partir do século XIX ( ,216), Pinho Leal (1874,44), Albano Belino (1909,6) e Joaquim Fontes (1919,198)), é em 1935, pela mão do Padre João Martins de Freitas, pároco da vila de Caldelas (Amares) que serão feitas as primeiras escavações. Além da referida igreja, também descobriu uma casa comunitária, com bancos, usada pelas mulheres para tecer:
“
Casa nº6-Encostada à casa nº 5, a N, não havendo entre as duas mais de 15 cm., está a casa nº6, sob o referido valado, formada pela união de duas casa cilíndricas, sendo a do extremo norte, de diâmetro menor. Mede de comprimento 11 metros, nela estão duas pedras rectangulares que seriam bancos, outra semelhando um cachorro de suporte. Encontraram-se no entulho desta, sessenta pesos de tear de barro, alguns deles, feitos de pedaços de tégula com o respectivo orifício e mais um de pedra...[6]
”
Parte do material recolhido encontra-se no Museu Pio XII do Seminário de São Tiago de Braga.
Mas a primeira escavação científica, só teve início em 8 de Setembro de 1981, pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, e a Dra. Manuela Martins [14] em colaboração com o museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa [15] e o financiamento da Câmara de Vila Verde (liderada pelo Sr. António Cerqueira), depois da publicação em 1979 dum artigo no Jornal de Noticias, de Carlos Ribeiro alertando para o abandono desse rico património:
“
Comete-se um autêntico crime de lesa-cultura, em pleno coração do Minho, ali nas terras de Vila Verde. Com efeito, na freguesia de Ponte S. Vicente, daquele concelho, na encosta e cume do monte de S. Julião, deteriora-se dia-a-dia, por acção de mão humana e da agressividade da natureza, uma magnifica citânia, do tipo do Noroeste Peninsular. (...) Fomos ao Monte de S. Julião para ver o que lá havia: ficámos a saber o que lá não há. Na realidade, e custa muito dizer as verdades quando elas forem, praticou-se no Monte de S. Julião um atentado contra a cultura geral. Não contra a arqueologia sozinha. Aos poucos e poucos, deixou-se degenerar o que tinha sido, e por certo é, uma bela citânia pré-romana. Uns atrás dos outros, os erros foram-se acumulando. Deixou-se que os mais jovens começassem a desfazer os muros de suporte, as muralhas, as casas, para as suas brincadeiras. Deixou-se inconscientemente que se abrisse um caminho mesmo pelo meio de citânia, passando um "caterpillar" que, por onde passou, esmagou tudo. Deixa-se que os bocados, alguns notavelmente bem conservados, de cerâmica existentes a esmo, pelo caminho, e não só, sejam diaramente partidos "esmagados", desfeitos (...) Quem vai intervir? Que adianta o lamento, se ninguém fizer nada para recuperar a citânia? Não somos arqueólogos, nem para lá caminhamos, e de citânias temos o mero conhecimento de termos vistos algumas. Mas o que vimos no monte de S. Julião, em Ponte S. Vicente, esclareceu-nos sobre a grandiosidade das ruínas, mesmo depois das depradações efectuadas. Cabe agora indagar: quem vai recuperar aquela estação arqueológica? Se é que alguém vai! Não será preciso andar muito para encontrar a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (...) E se -relembramos- a Junta é proprietária do terreno, a Câmara de Vila Verde deve estar interessada em enriquecer de maneira assombrosa, o panorama cultural e riqueza arqueológica do concelho (...) não nos compete dizer se é uma das maiores citânias do Norte, interessa-nos, isso sim, que é uma estação arqueológica, com inegável interesse, que está ao abandono. Inserida numa região onde a descoberta arqueológica tem assumido um interesse real, onde se embargam, obras de construção civil, e bem, para proceder ao levantamento das ruínas, numa região em que há uma unidade de Arqueologia de uma Universidade, em que há organizações de preservação, e defesa do património cultural, não se comprende bem o abandono de Citânia de S. Julião. Bom seria que este apontamento suscitasse o interesse dos que podem e devem fazer alguma coisa pelo local. Para eles, o alerta. E entre eles estão, indubitavelmente, a Câmara Municipal de Vila Verde e a Junta de Freguesia de Ponte S. Vicente.[16]
”
Os trabalhos da Dra. Manuela Martins continuaram por fases curtas até 1985, e em 1991, em conjunto com os trabalhos da Dra. Ana Bettencourt, entre 1989 e 1996, com o apoio financeiro da Associação das Terras Altas do Homem e do Cávado (ATAHCA), da Câmara, do Centro de Ciências Históricas e Sociais da UM., do IPPAR e do IPJ.
Levantamento topográfico e primeira sondagem na vertente Leste.
1 de setembro de 1982
31 de dezembro de 1982
Manuela Martins
Continuação do corte iniciado em 1981 (corte de 18x2,5m)
5 de outubro de 1983
15 de janeiro de 1984
Manuela Martins
Conclusão da escavação do fosso e verificação do enchimento da muralha.
1 de setembro de 1984
15 de dezembro de 1984
Manuela Martins
Estudo da 3ª linha de muralhas, com vista a determinar o seu tipo de construção e cronologia.
1 de outubro de 1985
25 de novembro de 1985
Manuela Martins
Conclusão das sondagens fundamentais para a definição das diferentes etapas de ocupação do povoado
15 de julho de 1989
31 de agosto de 1989
Ana Bettencourt
Foi efectuado um corte na acrópole tendo sido detectados diversos níveis de ocupação
1 de abril de 1990
31 de outubro de 1990
Ana Bettencourt
Continuação da escavação do Corte 1 de Manuela Martins
1 de julho de 1991
31 de outubro de 1991
Ana Bettencourt e Manuela Martins
Continuação da escavação arqueológica: escavação do Corte 3 a e do Corte 6.
1 de janeiro de 1992
31 de dezembro de 1992
Ana Bettencourt
Estabelecer a relação entre os níveis mais recentes do Bronze Final e os mais antigos do Ferro Inicial, encontrados no povoado.
1 de janeiro de 1993
31 de dezembro de 1993
Ana Bettencourt
Tratamento dos artefactos acumulados durante as campanhas de 1989 a 1992
1 de janeiro de 1994
31 de dezembro de 1994
Ana Bettencourt
Continuação da escavação da camada 3, datada, pelo menos, desde o século XI a.C. até ao século VIII a.C.
1 de abril de 1995
30 de junho de 1995
Ana Bettencourt
Escavação da acrópole que demonstrou existir um nível do ferro antigo, bem como vários níveis da Idade do bronze.
Além, como é óbvio, de permitir um melhor conhecimento da Citânia e da vida dos seus ocupantes, alimentação, conhecimentos técnicos, cultura e interligação cultural, etc. Uma das principais lições destas escavações, foi o estudo aprofundado da transição entre a idade do bronze e do ferro, que ocorreu suavemente, com grande continuidade nas técnicas construtivas, na persistência das formas das cerâmicas e dos objetos em pedra. Todavia, as escavações que foram feitas, foram muito parciais, ainda ficou por descobrir o balneário, por exemplo.
Em 2004, a Citânia de São Julião fiz parte dum projeto de candidatura Luso-galega da cultura Castreja a Património da Humanidade.[18] Em 2005, a Dra. Manuela Martins apresentou em nome da Universidade do Minho, ao Eng. Manuel Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde e ao Sr. Prof. António Vilela, Vereador da Cultura, um projeto de classificação das Citânia de São Julião, de Sanfins e Briteiros em Património da Humanidade (UNESCO). Em 2010 é votado, na Assembleia Municipal, uma proposta para a construção dum centro de interpretação da Citânia de São Julião, até hoje sem efeito.
Mas hoje, infelizmente, a situação é pior que em 1979, a citânia está num completo abandono, esquecida do poder central, da Universidade do Minho e da Câmara de Vila Verde, apesar de inúmeros alertas da junta e dos cidadãos. Parte das casas, do torreão, e de murros caíram, enquanto um forno, e outras casas estão definitivamente destruídos. Demais, uma plantação de eucaliptos ameaça a muralha exterior da citânia.
Em 2021, num esforço conjunto da junta da freguesia e de voluntários da mesma freguesia as ruinas da citânia estão em grande parte visíveis e visitáveis.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 28/82, DR, 1ª Série, nº 47, de 26 fevereiro 1982).[19]
Espólio
24711 fragmentos cerâmicos (cerâmica caseira e importada), 352 líticos, 21 artefactos metálicos, 3 de vidro (conta de vidro), 3 de matérias vegetais. Foram também encontrados pesos de tear, pesos de rede de pesca, provas de fundição do cobre e do bronze (moldes, escória), ouro, trabalho do ferro (escória), mós, punhais.
Amostra do espólio do Museu Pio XII
Adaga da idade do ferro
Machado de Pedra
Pesos de rede de pesca
Mó sup.
Mó inf.
A esquerda, cruz muita antiga (ou roda de 6 raios), formada pela superposição das letras gregas ΙΧΘΥΣ (Ichthys ou Ichthus que quer dizer peixe): Acrónimo de Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ (Iēsoûs Christós, Theoû Hyiós, Sōtḗr), que se traduz em português por: Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
Foi feito uma prospeção arquezoológica que encontrou pólen das seguintes espécies: Amieiro, amieiro negro, castanheiro, aveleira, freixo, azevinho, giesta, pinheiro, carvalho, sobreiro, pilriteiro, pereira, salgueiro, sabugueiro, ulmeiro e sementes de favas. Esse estudo importante, ajuda-nos a ter uma melhor noção da vida quotidiana dos habitantes, da alimentação (bolotas de carvalho e sobreiro, favas cultivadas, pereira, aveleira, castanheiro), e das atividades económicas (salgueiro para a cestaria, sabugueiro na tinturaria, carvalho no curtimento das peles, sobreiro na apicultura, já que foi encontrada cera de abelha). O resto sendo utilizado na construção e nos objetos usuais (giesta, pinheiro, carvalho, ulmeiro, freixo). Boa parte dessas espécies são ribeirinhas, provenientes das margens do rio Homem.
Foi descoberta (por uma retroescavadora da câmara de Vila Verde) durante a construção do caminho de acesso a capela, na Citânia de São Julião, uma estátua (de 1,5 m de altura) dum guerreiro galaico, partida. Dois fragmentos foram encontrados, ficando por descobrir ainda a cabeça, um braço, parte do peito e das pernas. Ele é representado vestindo uma túnica curta, com um punhal à cinta e um escudo com a inscrição em latim Malceino Dovilonis F (de filio) seja, Maceino filho de Dovilonis. Malceino que poderá querer dizer: filho da montanha.[22] E que será eventualmente o chefe da aldeia, já depois da conquista romana, embora o torque (colar), símbolo de poder não seja visível, devido a decapitação da estátua.
Lendas
A Citânia, e mais particularmente a Cova da Moura, são alvo de várias lendas, algumas milenárias. A mais popular é relatada já nas inquirições de 1758, pelo padre de São Vicente, o Abade João do Amaral e Abreu:
“
No cume do monte de São Jullião está situada a capella de São Jullião sobre hum penedo grande, e tem o penedo capacidade de se andar ao redor da capella. Debayxo deste penedo para a parte do sul esta huma concavidade, a que chamão a cova da Moura, e por esta cova dizem levavão os mouros a beber os cavallos ao Rio de Homem, o que parece dificultoso. E para a parte do Norte está huma planicie em que se vem vestigios de que na quelle lugar houve trincheyra ou muros dos Mouros e de todo estão arruinados, e se anda por todo o monte sem empedimento. E para a parte do Nascente immediato a capella se vem ruinas e mostrão serem se casas, muito juntas e pequenas, e de pedra muita miuda, e se achão tejollos groços, e fragmentos de telhas e he tradição habitarão ali os mouros.[23]
”
Em primeiro, a citânia é associada erradamente à presença dos Mouros, depois há um túnel que liga a citânia ao rio, o padre não disse, mas em concreto a ponte de Rodas de Caldelas. Curiosamente, a ponte e a capela são dois extremos da freguesia de São Vicente, ligados por essa linha virtual do túnel! Temos de dizer que nunca houve um túnel na cova da Moura, mas sim a direita da entrada, no fundo, um “poço”, (curiosidade geológica ou árduo trabalho humano?) muito fundo, com água, que ficou soterrado no início dos anos 80 do século passado.
Na freguesia de Barros outra lenda, muito semelhante, fala de um túnel com muito ouro, que liga a Quinta do Mouro, que pertenceu aos Senhores de Regalados à Cova da Moura. Essa mina existe, foi em parte percorrida pelo antigo padre da freguesia, mais alguns aventureiros, que fugiram devido ao grande número de cobras ali existente.[24]
Também fala-se, que entre São Julião e Castelhão (Sequeiros) e São Sebastião (Caldelas) está o sino de ouro do Rei Mourão.[25] A presença de Mouras encantadas, é por muitos relatada, algumas a fiar ouro. Enfim, perto do monte de São Julião está outra eminência, chamada Corte da Vaca aonde, diz-se, ficava o cemitério da população da citânia. É pouco provável, que eles fossem enterrados no meio dos penedos mas, de facto, essas pedras poderão ter servido de matéria-prima às construções funerárias megalíticas de Couciero (Mamoa de Linhares e outras destruídas).
Bibliografia
João de Freitas: Citânia de São Julião de Caldelas, Arqueólogo Português, Lisboa, 3ª sér., vol 5. (ver Ligações externas)
Antunes, M.T.: Povoado proto-histórico de S. Julião (Vila Verde). Elementos Arquezoológico, cadernos de arqueologia, 2ª série, 8/9, Braga, 1992, pp. 237–239.
Ana Bettencourt:
A transição do Bronze final/Ferro Inicial no povoado de S. Julião- Vila Verde: algumas considerações, Trabalhos de Antropologia e Etnologia. Actas do I congresso de Arqueologia Peninsular. Porto -1993 , 34 (3-4). pp. 167–190;
O povoado de S. Julião (Vila Verde- Braga) a Idade do Bronze em Portugal. Discursos do Poder. Ed. S.E.C., pp 40–42, 1995;
A Paisagem e o homem na bacia do Cávado durante o II e I milénio AC., 5 vols (Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho), 1999;(ver Ligações externas)
O Povoado de S. Julião, Vila Verde, Norte de Portugal, nos finais da idade do bronze e na transição para a idade de Ferro. Cadernos de Arqueologia- monografias, 2001. Edição da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho.
Manuela Martins:
A Citânia de S. Julião, Vila Verde, Primeira Sondagens, Cadernos de arqueologia, 2ª série, 1, Braga, 1984, pp 11–27;(ver Ligações externas)
A ocupação do bronze final da Citânia de s. Julião, em Vila Verde, Carecterização e Cronologia, Trabalhos da sociedade de Antropologia e Etnologia, 25 (2-4), Porto 1985, pp. 197–222; (ver Ligações externas)
Duas Datas de C. 14 para a ocupação do Bronze final da Citãnia de S. Julião em Vila Verde, Arqueologia, 13 Porto, 1986, pp. 159–160;
A cerâmica proto-histórica do vale do Cávado: tentativa de sistematização, cadernos de Arqueologia, 2ª sér. ,4, Braga, 1987, pp. 35–77;(ver Ligações externas)
A Citânia de S. Julião, Vila Verde, Cadernos de Arqueologia-Monografias 2, Braga, 1988;
O povoamento proto-histórico e a romanização da bacia do curso médio do Cávado, Cadernos de Arqueologia- Monografias, 5, Braga, 1990.(ver Ligações externas)
Notas
↑A atual freguesia de Ponte (São Vicente) tinha o nome de São Vicente da Ponte de Caldelas entre 1842 e 1889, altura em que a citânia foi referenciada pela primeira vez (1868)
↑A Ocupação do bronze final da citânia de S. Julião, em Vila Verde, Manuela Martins, Trabalhos de Antroplologia e Etnologia Vol XXV fasc. 2-4, Porto, Sociedade portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1985
↑A citânia de São Julião, Vila Verde. Primeiras sondagens. Manuela Martins, Cadernos de Arqueologia série II, 1, 1984, pp. 11-27
↑datação de carbono 14 feita nas escavações da Dra. Ana Bettencourt em, «O povoado de São Julião Vila Verde, Norte de Portugal, nos finais da idade do bronze e na transição para idade do ferro», Universidade do Minho Braga 2000
↑Transcrição de Avelino de Jesus da Costa em "O bispo D. Pedro e a organização da diocese de Braga, Volume 2, 1959
↑De Antiquitatibus Conventus Bracaraugustani de Contador de Argote, 1738, p.326
↑Almeida Fernandes em “Paróquias Suevas e Dioceses Visigóticas”
↑Doação de um casal de Lanhas por Cedon Nunes ao Bispo D. Pedro, Padre Avelino de Jesus da Costa em "O bispo D. Pedro e a organização da diocese de Braga, Volume 2, 1959,
↑ abda Costa, Avelino de Jesus (1959). O bispo D. Pedro e a organização da diocese de Braga, Volume 2 (Tese de doutoramento em Letras (História)). Coimbra: Irmandade de S. Bento da Porta Aberta
↑Luís Fernando Fontes e António Pereira Viana de Araújo assim como Henrique Lemos Regalo, Maria de Fátima Correia Cardoso e José Pedro Ribeiro estudantes do curso de História da Faculdade de Letras do Porto.
↑Importante estação arqueológica votada a abandono preocupante, Jornal de Noticias de 15 de Maio de 1979
↑com os seguintes sítios: Norte de Portugal: Citânia de Briteiros (Guimarães), Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), Citânia de Santa Luzia (Viana do castelo), Citânia do Monte Mozinho (Penafiel), Cividade de Terroso (Póvoa do Varzim ), Cividade de Bragunte (Vila do Conde), Cividade de Âncora (Caminha / Viana do Castelo), Castro de São Lourenço (Esposende), Castro de Alvarelhos (Trofa), Castro de Carmona (Barcelos), Castro de Eiras (Vila Nova de Famalicão), Castro de São Julião (Vila Verde), Outeiro Lesenho (Boticas), Outeiro Carvalhelhos (Boticas), Outeiro do Pópulo (Alijó), Outeiro de Romariz (Santa Maria da Feira), Outeiro de Baiões (São Pedro do Sul) , Outeiro de Cárcoda (São Pedro do Sul), Cabeço do Vouga (Águeda). Galiza: Santa Tecla (Foz do Minho), San Cibrán de Lás (Ourense), Castromao (Ourense), Vilalonga (Lugo) Borneiro (Coruña). -Citânia de Sanfins candidata a património da humanidade PÚBLICO 13/09/2004
↑Antunes, M.T.: Povoado proto-histórico de S. Julião (Vila Verde). Elementos Arquezoológico, cadernos de arqueologia, 2ª série, 8/9, Braga, 1992, pp. 237–239.
↑Manuela Martins, Armando Coelho da Silva, A estátua de guerreiro galaico de S. Julião (Vila Verde), Cadernos de Arqueologia, Série II, 1, 1984 pp.29-47
↑Albertos Firmat, La onomastica personal primitiva de Hispania Tarraconense y Betica, Salamanca 1966, 145
↑Inquirição de 1758, torre do Tombo, consulta via internet
↑Adélia Santos em O Lugar da História, Agenda Cultural de Vila Verde Nº 46 abril/junho 2016
↑Domingos M. da Silva, Entre Homem e Cávado Vol. II Amares e Terras de Bouro p. 353 Amares 1959
Dewan Perwakilan Rakyat Daerah Kabupaten TangerangDewan Perwakilan RakyatKabupaten Tangerang2019-2024JenisJenisUnikameral SejarahSesi baru dimulai23 Agustus 2019PimpinanKetuaH. Kholid Ismail, S.Ag. (PDI-P) sejak 24 September 2019 Wakil Ketua IH. Astayudin, S.E. (Gerindra) sejak 24 September 2019 Wakil Ketua IIIr. H. Ilham Chair, M.M. (Golkar) sejak 24 September 2019 Wakil Ketua IIIAdi Tiya Wijaya, S.H. (Demokrat) sejak 24 September 2019 KomposisiAnggota50Partai & kursi...
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Artikel ini perlu dikembangkan agar dapat memenuhi kriteria sebagai entri Wikipedia.Bantulah untuk mengembangkan artikel ini. Jika tidak dikembangkan, artikel ini akan dihapus. Karang yang mengalami pemutihanKarang yang sehat Pemutihan karang adalah proses karang menjadi putih karena berbagai macam penyebab, seperti perubahan suhu, iklim, cahaya, dan nutrisi.[1][2] Pemutihan terjadi ketika polyp [en] melepaskan zooxanthellae [en] (sering juga disebut ...
English artist (1837-1911) John Lockwood KiplingPortrait of John Lockwood Kipling, by Hollinger.Born(1837-07-06)6 July 1837Pickering, North Yorkshire, EnglandDied26 January 1911(1911-01-26) (aged 73)Tisbury, Wiltshire, EnglandOccupationArt teacher, illustrator, museum curatorSpouse Alice McDonald (m. 1865)ChildrenRudyard Kipling John Lockwood Kipling and Rudyard Kipling, c.1890 John Lockwood Kipling CIE (6 July 1837 – 26 January 1911) was an English art t...
Basilika Santo PetrusBasilika Mayor Kepausan Santo Petrus di VatikanBasilica Papale di San Pietro in Vaticanocode: it is deprecated (Italia)Basilica Sancti Petricode: la is deprecated (Latin)Fasad dan kubah utama Basilika Santo Petrus, dilihat dari Lapangan Santo Petrus41°54′08″N 12°27′12″E / 41.90222°N 12.45333°E / 41.90222; 12.45333Koordinat: 41°54′08″N 12°27′12″E / 41.90222°N 12.45333°E / 41.902...
Machine-readable symbol system This article needs additional citations for verification. Please help improve this article by adding citations to reliable sources. Unsourced material may be challenged and removed.Find sources: MaxiCode – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (April 2008) (Learn how and when to remove this message) MaxiCode example. This encodes the string Wikipedia, the free encyclopedia. MaxiCode is a public domain, machine-reada...
AntiprotoneLa struttura a quark di un antiprotoneClassificazioneFermione Composizione2 antiquark up, 1 antiquark down FamigliaAdroni GruppoAntibarioni InterazioniForte, debole, elettromagnetica, gravità Simbolop AntiparticellaProtone ScopertaEmilio Segré e Owen Chamberlain (1955) Proprietà fisicheMassa938 MeV/c2 Carica elettrica−1 e Spin1⁄2 Isospin1⁄2 L'antiprotone (simbolo p ¯ {\displaystyle {\bar {\mathrm {p} }}} , pronunciato p-bar) è l'antiparticella del protone...
1979 studio album by Hank Williams Jr.Family TraditionStudio album by Hank Williams Jr.ReleasedApril 17, 1979 (1979-04-17)Recorded1978StudioWally Heider Recording Studio, Los Angeles; Heritage Studios, Hollywood; Sound Labs, Hollywood; Woodland Studios, East Nashville; Glaser/Wishbone Studios, NashvilleGenreCountryLength31:13LabelElektra/CurbProducerJimmy Bowen (tracks 6-9)Phil Gernhard (track 10)Ray Ruff (tracks 1-5)Hank Williams Jr. chronology One Night Stand(1977) Fa...
إن القيمة الوقتية للنقود هي قيمة الأموال المعدودة في مبلغ محدد من الفائدة المكتسبة أو التضخم الاقتصادي الحاصل على مدار فترة محددة من الزمن. يشير المبدأ الجوهري إلى أن القوة الشرائية لمبلغ معين من المال تختلف عن القوة الشرائية لهذا المبلغ نفسه في المستقبل. وتوجد تلك الفكرة...
Para pendiri IPPHOS. Indonesian Press Photo Service (IPPHOS) adalah sebuah kantor berita foto yang didirikan pada tanggal 2 Oktober 1946. Pendirinya ialah kakak-beradik Alexius Impurung Mendur (1907-1984) dan Frans Soemarto Mendur (1913-1971), serta kakak-beradik Justus dan Frans Nyong Umbas; Alex Mamusung dan Oscar Ganda merupakan kantor berita foto pertama di Indonesia. Referensi Indonesian Press Photo Service. Diarsipkan dari versi asli (HTML) tanggal 2013-10-05. Diakses tanggal 2012-06-18...