Filiado ao antigo PFL, sucedeu ao pai como deputado federal sendo eleito em 1994, com 26 anos, e reeleito em 1998. Em 2000, foi candidato a prefeito de Teresina. Vendo suas pretensões minarem ante a decisão do pleito, já em primeiro turno, entrementes dividindo seu tempo como candidato entre a política e o time do Ríver Atlético Clube, do qual foi presidente, perdeu a disputa rumo ao Palácio da Cidade. Reeleito deputado federal em 2002 deixou o partido a que pertencia e ingressou no PP a convite de seu sogro, o médico e político Lucídio Portela, conquistando um novo mandato de deputado federal em 2006.
Já filiado ao PP, é eleito senador da República, com 695.000 votos, em 2010, para uma das duas vagas do pleito, tendo o empresário João Claudino Fernandes como suplente. A outra foi conquistada por Wellington Dias, eleito com quase 1 milhão de votos. em 2018 foi reeleito ao Senador Federal com mais de 895.000 votos estendendo seu mandado até 2027 tendo sua Mãe Eliane e Silva Nogueira Lima como primeira Suplente e Gil Paraibano com segundo Suplente. Na condição de membro da CPMI do Cachoeira, foi um dos 18 votos que rejeitou o relatório oficial para a comissão. O relatório alternativo endossado pelo senador e mais 20 membros da comissão sugeriu a continuidade das investigações por parte do Ministério Público e da Polícia Federal, mas sem nenhum indiciamento ou responsabilização penal.[7] À época dos trabalhos na CPI mista, a divulgação de gravações íntimas de sua então assessora parlamentar Denise Leitão Rocha levou o nome do senador à evidência midiática.[8]
Em 2016, o senador Ciro Nogueira volta a se envolver em novos escândalos, apontado por Cláudio Mello Filho, do Conselho da Construtora Odebrecht , de ter recebido propina para as campanhas de 2010 e 2014, beneficiando a ele próprio e sua esposa, a deputada federal Iracema Portela, também do PP, partido a qual Ciro preside nacionalmente, e que teria pedido propina para financiar campanhas do partido por todo o país no valor de R$ 5 milhões. O senador também recebeu propina da Construtora UTC, no valor de R$ 2 milhões, em 2014, em troca de favorecê-la em obras púbicas. A Polícia Federal pediu seu indiciamento ao Supremo Tribuna Federal.[9]
Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[12][13]
Em 28 de julho de 2021, foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil,[14] tomando posse no dia 4 de agosto.[15] Foi exonerado do cargo em 30 de dezembro de 2022.[16][17]
O STF arquivou denúncias contra Ciro Nogueira por não caracterizarem nenhum crime de obstrução de justiça.[20]. Em 8 de abril de 2022, a Polícia Federal (PF) concluiu investigação de "repasse de propinas para Ciro Nogueira, pagas pelo empresário Joesley Batista, para garantir o apoio da legenda à reeleição" da Presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014. Segundo o relatório de 61 páginas do delegado Rodrigo Borges Correia, parte da propina "foi encaminhada ao Partido Progressista, por determinação de Ciro Nogueira Lima Filho, por intermédio de doação oficial, como consta nos recibos da prestação de campanha"[21] e "outra parte, cerca de cinco milhões de reais foi repassado em espécie, por intermédio do Supermercado Comercial Carvalho, para Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira, que se incumbiu da tarefa de pegar o dinheiro e repassar para Ciro Nogueira".[22]
Bibliografia
SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: Eleições 86. Vol. III. Teresina: Gráfica Mendes, 1988.
Notas
↑Licenciado entre 28 de julho de 2021 e 30 de dezembro de 2022 para exercer o cargo de ministro-chefe da Casa Civil do Brasil.
↑Conforme decisão do STF, presidentes de partidos não podem assumir o comando de um ministério, então ele foi substituído temporariamente por André Fufuca.