Cinema interativo

Um cinema interativo em Amsterdam, em 2015.

Artistas definem Cinema Interativo como sendo um filme com o qual o espectador interage, a fim de determinar o desenvolvimento e o final da história. Através de um mínimo de controle sobre o que está na tela e constantemente fazendo escolhas sobre como o filme deve prosseguir, o espectador está ciente de que o resultado da história é conseqüência de suas ações.

Segundo Chris Hales, estudante em pesquisas sobre filmes interativos do departamento de Filme e TV do Royal College of Art e palestrante senior do UWE Bristol, o espectador passivo é substituído pelo participante ativo que assume o papel de ambos cameraman e editor. Para Hales, o usuário precisa estar alerta quanto às escolhas feitas e o que pretende alcançar na narrativa, a fim de se manter motivado.

O foco do Cinema Interativo está no aumento da experiência atingida pelo usuário. Com isso em mente, Glorianna Davenport, diretora de pesquisas científicas no MIT Media Laboratory, em Massachussetts, e fundadora do “Interactive Cinema Group” em 1987, baseia suas pesquisas.

Davenport critica o cinema que oferece interatividade através de um número restrito de opções, obrigando o usuário a clicar sempre no lugar certo. Pesquisas desenvolvidas no MIT, junto à geração de novas tecnologias em aparatos sensoriais, como rastreamento de movimentos e reconhecimento de voz e gestos, levaram a um novo conceito de cinema interativo – através da criação de ‘ambientes fisicamente interativos’, como são chamados, o usuário é imerso na narrativa, tornando-se parte da história e interagindo com personagens virtuais.

“Até que computadores possam entender a narrativa e sintetizar novos elementos, efetiva personalização requer uma atenção maior por parte do autor da história. Para se alcançar uma entrega personalizada, precisamos inventar um meio elaborado o suficiente para acomodar diferentes possibilidades em um espaço da história em particular. Essas possibilidades refletem interesses pessoais de diversas audiências.”, ela explica.

No Brasil

Já foram realizadas várias experiências com videos interativos para computador no Brasil.

Em DVD podemos destacar A GRUTA, que estreou no 41o Festival de Brasília, em 2008. Na estréia o público interagiu com o filme em uma sala de cinema. A produtora FilmeJogo distribuiu 200 controles remoto para o público que "votou" o destino dos personagens Tomás e Luiza no suspense A GRUTA [1]. Além de decidir pelos personagens 30 vezes ao longo da história, o espectador teve de "testar a sorte" em momentos críticos do filme.