Christoph Friedrich von Ammon (Bayreuth, 16 de janeiro de 1766 – Dresden, 21 de maio de 1850) foi um teólogo protestante alemão e principal expoente do sobrenaturalismo racionalista.
Família
Ammon nasceu em uma família de nobres, originária da Baixa Áustria, era filho do conselheiro da Câmara de Bayreuth, Philipp Michael Paul Ammon (1738–1812) e de Eleonore Marie Eusebia Grieshammer (1745–1821).
Ammon casou pela primeira vez em 31 de janeiro de 1790 em Erlangen com Elisabetha Breyer.[1] Desse casamento nasceram dois filhos: Friedrich von Ammon, teólogo e decano da Faculdade de Teologia de Erlangen, e o oftalmologista August von Ammon. Ammon casou pela segunda vez em 19 de junho de 1823 em Dresden com Marianne Becker Stand.[2]
Ammon recebeu em 28 de novembro de 1824, em Dresden, a restauração de sua nobreza saxônica.
Carreira
Ammon estudou em Erlangen, exerceu diversos cargos de professor nas faculdades teológicas e filosóficas de Erlangen e de Göttingen, sucedeu Franz Volkmar Reinhard (1753-1812) em 1813 como pregador da corte e membro da corte consistorial de Dresden, aposentando-se destes postos em 1849.[3]
Procurando estabelecer para si uma posição intermediária entre o racionalismo e o sobrenaturalismo, optou pelo "sobrenaturalismo racional", e sustentou que deveria haver um desenvolvimento gradual da doutrina cristã correspondente ao avanço do conhecimento e da ciência. Mas, ao mesmo tempo buscou, como outros representantes dessa escola de pensamento, tais como Karl Gottlieb Bretschneider e Julius Wegscheider, se manter em contato estreito com a teologia histórica das igrejas protestantes.[3]
Foi um homem de grande versatilidade e extenso saber, um filólogo e filósofo, bem como um teólogo, e um autor muito produtivo. Sua principal obra teológica foi o Fortbildung des Christenthums zur Weltreligion, em quatro volumes (Leipzig, 1833-1840); Entwurf einer reinbiblischen Theologie foi publicada em 1792 (2.ª edição, 1801), Summa Theologiae Christianas em 1803 (outras edições, 1808, 1816, 1830); Das Leben Jesu em 1842, e Die wahre und falsche Ortodoxie em 1849.[3]
O estilo de Ammon na pregação era conciso e animado, e alguns de seus discursos são considerados como modelos de tratamento em púlpito de questões políticas.[3]
Publicação
- Genealogische Nachweisung des Familienadels der von Ammon im Königreiche Baiern und Sachsen. Dresden 1824 (online).
Notas
Referências