Formado em Harvard, tendo primeiramente estudado na Wesleyan University, participou da política durante alguns anos, junto ao Partido Democrata. Posteriormente, foi professor no Black Mountain College, tornando-se seu diretor até 1956.
Destacando-se, primeiramente, como ensaísta, em trabalho sobre Melville publicado em 1947, seu início na poesia foi difícil, tendo o poeta que superar a influência acentuada de seus mestres Ezra Pound e William Carlos Williams[1].
Teria vivido por mais de 6 meses na península do Yucatán, onde demonstrou interesse pela cultura maia[2].
A poética e o conceito de pós-modernidade de Olson
Adotando um estilo telegráfico, realizou pesquisas com a poesia oral, sob influência da linguagem do cinema e das vanguardas do início do século XX, em especial o modernismo de Pound e William Carlos Williams, o que resultou na teoria do verso projetivo(projective verse), em 1959[3]. Em ensaio sobre o “Projective Verse” insistia que a forma da poesia é uma mera extensão do conteúdo[4].
Em cartas ao amigo e poeta Robert Creeley usa pela primeira vez o termo pós-modernismo, o qual irá aprofundar em manifesto de 1952, embora o termo somente venha a se popularizar na década de 1970. Olson refere-se a um “mundo pós-moderno”, de um “Pós-Ocidente”, posterior à era imperial e dos “Descobrimentos e da Revolução Industrial”. Olson propõe uma literatura prospectiva, ou seja, uma literatura que lança os olhos sobre o futuro[5], estando, assim, próximo das propostas das vanguardas, que se propõem como precursoras deste mesmo futuro.
As novas técnicas desenvolvidas por Olson estão presentes em boa parte da poesia norte-americana mais recente, influenciando, inclusive, poetas como Allen Ginsberg.
Algumas obras
Call Me Ishmael, Reynal & Hitchcock, 1947, Grove, 1958.
To Corrado Cagli (poesia), Knoedler Gallery (New York, NY), 1947.
Y & X (poesia), Black Sun Press, 1948.
Letter for Melville (poetry), Melville Society, Williams College, 1951.