O Cemitério Velho de Lagos é uma infraestrutura e um imóvel histórico na cidade de Lagos, na região do Algarve, em Portugal.
Descrição e história
Foi o primeiro cemitério municipal de Lagos, existindo registo de construções no seu interior, correspondendo a capelas ou mausoléus, de 1878.[1] Anteriormente o cemitério estava situado no antigo local da Igreja de Santa Maria da Graça, que ruiu no Sismo de 1755 e não foi reconstruída. Segundo a obra Monografia de Lagos, de Manuel João Paulo Rocha, em 31 de Janeiro de 1867 tomou posse deste cemitério, e ordenou que os enterramentos deveriam ser feitos no cemitério da freguesia de São Sebastião.[2] Em 31 de Janeiro de 1893 determinou a eliminação do antigo cemitério, que se encontrava em situação de abandono.[2]
Foi considerado pelo investigador Francisco Queiroz como de alguma importância, devido ao número de monumentos funerários com interesse do ponto de vista estético.[3] Em 1933 foi criado um talhão privativo no interior do cemitério, destinado aos antigos militares.[4]
Em meados de 2023, a Câmara Municipal de Lagos assinou um contrato para a realização de obras de restauro no cemitério, que incluíam a pintura das paredes exteriores e trabalhos ossário e no Jazigo Municipal, igualmente conhecido como Capela Municipal.[1] Em 2024, foi lançado o livro O Cemitério Velho de Lagos - Arte, Cultura, Sociedade e História de uma cidade - Séculos XIX e XX, do historiador Artur de Jesus.[5]
ROCHA, Manoel João Paulo (1991) [1909]. Monografia de Lagos [Monographia: As Forças Militares de Lagos nas Guerras da Restauração e Peninsular e nas Pugnas pela Liberdade]. Faro: Algarve em Foco Editora (publicado originalmente pela Typographia Universal, no Porto). 488 páginas
Leitura recomendada
PAULA, Rui Mendes (1992). Lagos: Evolução Urbana e Património. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 392 páginas. ISBN9789729567629