Conhecida como la zurda de oro ("a canhota de ouro"), foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988 de Seul, e entrou para o Hall da Fama do Voleibol em 2005. Dona de uma bela história de vida no voleibol peruano , desde sua infância com dificuldades vivendo em condições humílimas, caracterizada pela pobreza , morava na favela Pueblo Joven “Nueva Esperanza” de Villa María del Triunfo, onde não tinha energia,, água e vivia com sua mãe e irmã que acompanham sua ascensão além do grande técnico coreano Man Bok Park, pois foi através do esporte abriu-se a vereda para o caminho de sucesso, da rede até uma respeitável carreira política, chegando ao Congresso Nacional de seu país.
Sua mãe Camila Villacorta, uma mulher geniosa , que havia tido filhos fruto de dois relacionamentos e seu terceiro relacionamento foi com Eric Tait, músico panamenho, alto, moreno e magro, que atuou nas orquestras de Lima, tocando sax e clarinete e também fez comerciais ao vivo na televisão peruana, com ele teve mais dois filhos, a primeira chamada Violet, e em 2 de maio de 1962, nascia a Cecilia. Com fim do seu contrato Eric deixou país.
Com quatro filhos e grávida do quinto do seu novo relacionamento com Jorge Mantila , vendia doces na escola para ajudar nas despesa da casa.Aos 12 anos Cecilia avista em frente de sua casa meninas jogando uma partida de voleibol com alegria e sua mãe pede para cuidar de seu irmão do meio que tinha apenas 4 anos, ela não resistindo a tentação, pulou o muro e caiu em um silo que apoiava e cedia com seu peso, seus vizinhos a salvaram e sua mãe deu um conselho valioso : “En la vida, siempre te vas a tropezar con caca. Tienes que saber cómo evitarla”.
Fez o ensino primário na Escola Nossa Senhora do Monte Carmelo e depois no Colégio das Mulheres 6011 de Nova Esperança. Seus dois primeiros anos do ensino secundário ocorreu na Escola Eloy G. Ureta e concluiu na Escola Divino Mestre.Contava com a proteção da família de Carlos Cáceres, que era o diretor do Bancoper, teve fácil acesso ao clube de voleibol em 1976, com apenas 14 anos de idade.Cecilia já apresentava os traços finos de sua linhagem paterna, com porte alto, magro que a fizeram ser especial. A admiravam mas não pensava em outra coisa além de jogar e se aperfeiçoar.
No ano de 1978, participa de três campeonatos, quando aprendeu com experiente Luisa Fuentes (mais conhecida como Lucha Fuentes) que estava prestes da aposentadoria. Foi em seu primeiro Campeonato Sul-Americano Infanto-Juvenil na Argentina, onde ganhou seu primeiro título. Na 8ª edição do Mundial ocorrido na URSS, deixando o Peru em décimo lugar,destacou-se com a Melhor Jogadora da equipe peruana.No Campeonato Sul-Americano Juvenil ficou com a medalha de prata perdendo para Seleção Brasileira. De 1979 – 1985 trabalhou no Banco Comercial do Peru e também no Banco Continental.
Desde então esta formação conquistou sucessivos Campeonatos Sul-Americanos frente ao Brasil que estava com dificuldade renovação e para seus clubes reforçavam suas equipes com jogadoras peruanas.Na temporada de 1982, conquistou a medalha de prata perdendo a final para China no Campeonato Mundial em Lima e foi eleita a Melhor Jogadora desta edição.
Cecilia aparecia no topo de toda lista e recebeu título de Atleta do Ano. No Campeonato Mundial supracitado, Cecilia juntamente as demais jogadoras fizeram uma homenagem dedicando a medalha ao treinador japonês Akira Kato, este falecido em 21 de março de 1981, vítima de câncer no fígado, considerado o pai do voleibol peruano.[1] No ano de 1983 conquistou o título da II Copa da Libertação na Checoslováquia e eleita a melhorr jogadora do torneio. No ano seguinte, na III Copa da Libertação, o repetiu o feito da edição anterior e Cecilia é a atleta de maior destaque, retornando a Lima é declarada a Melhor Atleta do Ano.
Na temporada de 1985 atuou pelo clube italiano ISA INFISSIFANO disputando o Campeonato Italiano. Em 1986 atuou pelo Nelson de Reggio Emilia. Com a seleção peruana obteve alguns êxitos em excursões pela Europa e Ásia e fortalecendo o selecionado. Em 1987, obteve a medalha de prata Jogos Pan-americanos, em Indianápolis-EUA. E no mesmo ano conquista mais uma vez o Campeonato Sul-Americano realizado no Uruguai.
Em 1988 com uma campanha invicta, pois venceu todos os jogos do Grupo B, 3x0 do Brasil e 3x2 tanto a China quanto os EUA e chega a semifinal vencendo por 3x2 o Japão e então conduz a seleção peruana a inédita final olímpica contra poderosa equipe da URSS, que veio com derrota na primeira fase, seu sexteto vencia o jogo por 2x0, esteve a ponta de encerrar o jogo no 3º set a frente no placar com 12-6, obrigando Nikolay Karpol pedir tempo, deu bronca e a bronca serviu e as soviéticas viraram 13-15 no 3 set. No 4º set as soviéticas voltaram com tudo o venceram, provocando o sete de desempate, e neste tie-break as soviéticas as vencia por 6-0, o Peru reagiu, empatou 7-7 esteve, mais uma vez Nikolay Karpol para o jogo e jogo chegou a ficar 14-14 e as peruanas conseguiram fazer 15-14 e com match point na mão deixam escapar e a URSS consegue vencer por 17-15, vencendo o jogo por 3x2 e todos os peruanos que acompanhavam pela TV não acreditaram, frustrados pela chance que deixaram escapar, mas reconheceram que elas foram briosas com um voleibol bonito de ver e as soviéticas tiveram melhor sorte.Este acontecimento até hoje ficou marcado para essa geração, pois conseguiu unir um país pelo voleibol devido a guerra civil que Peru vivia, Cecilia se tornou uma heroína, já era sondada para política por Mário Vargas Llosa.Sua atuação nos jogos olímpicos lhe rendeu contrato no voleibol italiano Reggio Emilia, onde conquistou a Copa CEV de Clubes,ocorrida na Turquia e no Campeonato Italiano foi eleita a melhor jogadora.
No período de 1990 a 1991 foi contratada para defender as cores do time brasileiro da Sadia de São Paulo, seu maior título de clubes foi a medalha de ouro no Mundial de Clubes, onde foi a capitã da equipe e jogava com a camisa número 7, quando recebeu o título de “La Zurda de Oro”, ou seja, a Canhota de Ouro.
Cecilia mudou-se em 1992 para Alemanha, devido um problema no joelho e jogou no Clube SV-Lohhof por uma temporada.Casou-se em 1993 com Bodo Wiss e desse casamento nasceu sua filha Brigite Laura em 26 de abril de 1995, radicando-se na Alemanha, sempre retornando ao Peru para visitar seus familiares, tempos depois se separa do seu marido.
De volta ao Peru em 1998 comprou uma casa em La Molina e mandou construir outra para sua mãe ao lado da sua. E no mesmo se candidatou a conselheira de Villa Maria del Triunfo, sendo eleito (1999-2000), com objetivo de trabalhar as necessidades da juventude e, especialmente na modalidade que doou sua vida.
Em 1999 criou a “ONG Cecilia Tait“ em busca de novos talentos e esmerando-se em revelar novos atletas.No princípio concentrou seus esforços em Nueva Esperanza no distrito de Villa María del Triunfo, trabalhando com meninas de 11-15 anos a ideia era buscar novos talentos, para lapidar com técnica e educação suficiente visando formar grandes profissionais e pessoas de bem.Com seu prestígio conseguiu uma parceria com a Universidade “Gracilazo de la Vega” para os treinos sejam realizado eu sua quadra poliesportiva.
Em 2000 foi convidada pela Chapa Peru Posible para participar da eleições presidenciais e congressistas. Lançou candidatura, elegeu-se com total de votos 78.829 eleitores,e reuniu-se com seus eleitores, grande êxito graças a seu trabalho na Comissão da Juventude e Desporto que deu surgimento para elaboração da Lei de Promoção e Desenvolvimento Desportivo Nº 28036, promulgada em 24 de julho de 2000.
Em 2001 disputou o Campeonato Quadrangular Master Peru, em prol das crianças deficientes da Clínica San Juan de Dios.Em 27 de outubro de 2005 ingressou no Hall da Fama do Voleibol com sede em Holyoke, Massachusetts Estados Unidos, sendo a primeira sul-americana a receber tamanho reconhecimento.Foi Congressista nos mandatos 2000-2001 e 2001-2006.Além de voleibolista, política foi gerente em uma Clínica Ortopédica de Reabilitação além de ser a proprietária, no Congresso estava na Comissão de Minas e Energia e na de Saúde e População.
Em 14 de setembro de 2008 se casa após oito anos de relacionamento com Tyler Bridges, corresponsável pelo diário The Miami Herald,com o qual tem sua segunda filha Luciana , esta no momento do matrimônio estava com seis anos de idade.[2][3][4][5][6][7][8]
Nos Jogos Pan-Americanos de 2019, que ocorreu em Lima, capital do seu país natal, Cecilia foi a responsável por acender a pira pan-americana na cerimônia de abertura da competição.
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