Foi o primeiro avião a realizar um loop em acrobacia aérea, em 1913 e a cruzar os Andes, em 1921.[1] No Brasil se destacou por ter sido utilizado pela aviadora Anésia Pinheiro Machado no voo São Paulo/Rio de Janeiro em 9 de setembro de 1922.[1]
Desenvolvimento
O Caudron G.3 foi projetado como um aperfeiçoamento do Caudron G.2 que o antecedeu. Essa aeronave fez seu primeiro voo em maio de 1914, no aeródromo Crotoy Le.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial ele foi produzido em grandes quantidades: 2.450 exemplares na França, 233 na Inglaterra, e 166 na Itália. Por ato de patriotismo, os irmãos Caudron não cobraram seus direitos de licenciamento para a fabricação.
Posteriormente foi substituído Caudron G.4, na versão bimotor.
Histórico operacional
No princípio da guerra o G.3 equipou a Esquadrilha C.11 do Exército do Ar Francês; adaptado para uso em reconhecimento, onde se mostrou confiável e resistente. Entretanto, devido sua baixa potência, além fato de estar de fracamente armado, tornou-a demasiado vulnerável para emprego na linha de frente; sendo afastado do serviço em 1916.[2]
Em Portugal, foram utilizados desde a primeira Escola de Aeronáutica Militar portuguesa, em 1916.[3] Também foi a primeira aeronave a ser produzida no país. Fabricado, a partir de 1922, sob licença, pelo Parque Militar de Aeronáutica, em Alverca, num total de 50 aviões que complementaram os 6 exemplares adquiridos em França, em 1916.[4] Foram utilizados na Escola Militar de Aviação - E.M.A. - em Sintra. Seis deles foram do Grupo de Esquadrilhas de Aviação de Angola de 1921 a 1924.[4] Permaneceram em serviço até 1933.[4]