De acordo com uma antiga prática, o Livro de Salmos é recitado por inteiro periodicamente pelos monges. Originalmente, os eremitas do deserto leriam todos os salmos diariamente, como primeiramente registrado por São João Cassiano no século V.[1] Com a popularização do monasticismo cenobita, a prática de cantar as horas canônicas em comunidade emergiu, e eventualmente o saltério se tornou a base deste ofício, ao qual se adicionaram hinos, orações e leituras da Bíblia. Para facilitar isto, o saltério foi dividido em vinte partes, chamadas catismas ou kathismata, cada uma delas dividida em três estases ou staseis.
Divisão
Cada catisma divide-se em três estases (em grego: στάσις), isto é, literalmente, "de pé", enquanto kathisma significa "sentado". Isto se dá por o catisma ser escutado no ofício em que se desenvolveu em Constantinopla e em Jerusalém por todos os monges sentados enquanto um irmão, de pé, os lia. Ao fim de cada estase, no entanto, todos se levantavam e se cruzavam enquanto o leitor diria: "Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo".
De acordo com a numeração da Septuaginta e da Vulgata, os catismas dividem-se da seguinte forma:[2]