A maior parte dessas cartas coloniais era baixada em nome da Coroa Britânica, embora em alguns casos, como a Carta de Delaware de 1701 e o Quadro de Governo da Pensilvânia de 1682 (Frame of Government of Pensylvania), fossem iniciativas de autoridades coloniais e de britânicos que chegavam e se estabeleciam na América Inglesa. Além de organizar o governo colonial inglês, essas cartas registravam direitos de colonos e sistematizavam parâmetros jurídicos estabelecidos, além de estabelecer uma conexão transatlântica entre as colônias americanas e sua metrópole europeia.[1]
A produção e o uso dessas cartas se deram, em partes, pelas características singulares das colônias inglesas na América, com pouca presença metropolitana, altos níveis de alfabetização entre homens brancos e uma ampla circulação de jornais e outros impressos.[2]
Não custou [aos americanos] nenhum grande esforço mental, nenhum salto audacioso, [partir dessas cartas coloniais para] o conceito de uma Constituição fixa, escrita, limitando as ações ordinárias de governo.