Uma carruagem de cabos é um tipo de carro de cabos em muito parecido ao funicular. Circula sobre carris e a sua carruagem é semelhante à do eléctrico. A locomoção é feita por um sistema de embraiagem que engata (para avançar) ou solta (para parar) um cabo de aço que se situa numa calha entre os carris.[1] Para mudar de direcção basta engatar o cabo da respectiva linha.
É um sistema de carruagem de cabos que operou até 1970 em São Paulo, no Brasil, originalmente para fins industriais. Hoje em dia já está desactivado, contudo o museu continua a atrair “passageiros” à linha.[2]
A rede de carruagens de cabo da cidade de São Francisco nos EUA é mundialmente conhecida, constando entre as principais atracções da cidade. A primeira secção onde o sistema funcionou foi inaugurado em 1873, e o seu engenheiro era William Eppelsheimer.[3]
Portugal
Os três “elevadores” de Lisboa (Graça, Estrela, e S. Sebastião), extintos ao virar do século (XIX para XX) e maioritariamente integrados na rede da elétricos da CCFL, usavam esta tecnologia de cabo sem fim: Circulavam na via pública (sobre carris embutidos), com o cabo trator correndo em trincheira coberta, comunicando os vagões com este através de uma fenda. (Método idêntico usam os três ainda existentes elevadores, da Bica, da Glória, e do Lavra, que são porém funiculares, de cabo vai-vem em contrapeso, tal como vertical o Elevador de Santa Justa.)
O mais recente SATU, criado em 2007 em Oeiras (na Grande Lisboa), também utiliza esta tecnologia de cabo sem fim, ciculando porém em canal segregado, um viaduto elevado, ao invés daqueles.