Formada pela Escola de Artes e Ofícios de Madrid, começou desde muito jovem no mundo da ilustração e da banda desenhada.[1][2] Em 2011, publicou a sua primeira novela gráficaEl brujo, inspirado pelo folclore do Chile.[3] Três anos depois, em 2014, coordenou a adaptação gráfica do livro de Hernán Migoya Todas putas que, em 2003, tinha gerado grande polémica social ao ser chamado de misógino e de fazer apologia à violação.[4][5][6] Na sua adaptação, Carla Berrocal ilustrou a história El violador, uma das mais controversas da obra original.[7][8][9]
No ano seguinte, em 2017, expôs uma historietamural sobre 4 lendas negras da história de Madrid, inserido no programa La ciudad en viñetas do CentroCentro, realizado no Palácio de Cibeles.[12][13][14] Em junho desse mesmo ano, a Câmara Municipal de Sevilha elegeu-a para a criação do Cartaz do Mês da Diversidade Sexual da cidade.[15] A ilustração fez também parte da exposição De mil amores, que contou com as obras de outros 19 artistas, ambicionando dar mais visibilidade à comunidade LGBT. As ilustrações eram acompanhadas por segmentos de poemas dos poetas espanhóis Federico García Lorca, Gloria Fuertes, Luis Cernuda ou Rafael de León, entre outros.[16] Em 2017 começou a colaborar com a revista M21 Magazine da Câmara Municipal de Madrid.[17]
Em 2019, publicou La geometria de los silêncios, uma banda desenhada, com texto de Marc Buleón, que narra uma história de amor entre duas pessoas autistas.[20] Nesse mesmo ano, obteve a Bolsa de Banda Desenhada MAEC-AECID da Real Academia de Espanha em Roma com o projecto Doña Concha, uma banda desenhada inspirada na vida e obra da cantora de copla e actriz espanhola Concha Piquer.[10][21] A banda desenhada foi publicada em 2021 pela editora Reservoir Books.
Em 2022, foi escolhida para criar o cartaz da nova edição de Còmic Barcelona (antigo Salão Internacional de Banda Desenhada de Barcelona) que nesse ano cumpria 40 edições. Dois anos depois, publicou a banda desenhada La Tierra Yerma, um western feminista, com personagens lésbicas.[22]
Para além de ter sido presidente da Associação Profissional de Ilustradores de Madrid (APIM) até 2020, Carla Berrocal é também docente, exercendo como professora de narrativa e mentora de workshops sobre banda desenhada e novelas gráficas em diversas instituições.[23][24] Tem também um blog onde expressa os seus pontos de vista sobre diversos temas do sector da ilustração e do desenho, com o objectivo de transmitir a novas gerações de artistas as lições retiradas do seu próprio trajecto profissional.[25] Participa regularmente na tertúlia de humoristas gráficos do programa A vivir que son dos días na Cadena SER, dirigido por Javier del Pino.
↑«La Junta de APIM». APIM Asociación Profesional de Ilustradores de Madrid (em espanhol). Consultado em 20 de abril de 2018Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)