Este templo foi construído por um filho daquele, António Pires do Canto, que também exerceu o cargo de Provedor das Armadas. SAMPAIO (1903) informa que não conseguiu precisar a data da construção desta ermida. No entanto, acrescenta: "como o dito António Pires do Canto tomou conta do morgadio que seu pai lhe largara em 1556 e faleceu em 1566; é muito provável que a ermida, que pertencia ao Solar da família Canto, (o Solar do Provedor das Armadas) fosse edificada naquela época". E prossegue, descrevendo-o:
"É de construção antiga, com uma só porta de entrada, e com um pequeno pórtico abobado. No interior, que é também de abóbada, nota-se ao fundo a capela-mór, onde se vê a Imagem de Nossa Senhora dos Remédios, tendo de um lado a Imagem de São Francisco, e do outro, a de São José Curpertino. No corpo da igreja, estão duas capelas ou altares: do lado do Evangelho, uma, com uma boa Imagem do Senhor Jesus da Agonia, e outra de Nossa Senhora do Rosário; do lado da Epistola, e fronteira àquela está uma outra capela com a Imagem de Santo António."
Atualmente o convento, ao qual a capela é anexa, não mais alberga o Orfanato do Beato João Batista Machado. Após o terramoto de 1980, que lhe causou extensos danos, o conjunto foi adquirido pelo Governo aos seus antigos proprietários, tendo sofrido intervenção de restauro.
O Solar dos Remédios e capela anexa encontram-se classificados como Imóvel de Interesse Público pela Portaria n.º 14/78, de 14 de Março, publicado no Jornal Oficial da região Autónoma dos Açores, I Série, n.º 6, alterada pela Resolução n.º 28/80, de 29 de Abril, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.