O Canal Q (ou simplesmente Q) é um canal por cabo português, detido pela produtora Produções Fictícias. O canal opera desde 29 de março de 2010.[1] O Canal Q distribui programas exclusivos, incluindo séries originais como Filho da Mãe” e Felizes para sempre, talk-shows como “Inferno” e “Esquadrão do Amor”, séries estrangeiras como Wat Als? (Holanda)[2] e Derek (Reino Unido)[3] e ocasionalmente, emissões especiais de stand-up ou cerimónias de troféus.[4] Baseado Numa História Verídica foi o primeiro programa do Canal Q a ser nomeado para uma cerimónia de premiação de televisão (os Troféus Tv7Dias).
Durante vários anos - e desde o início -, o humor assumiu um lugar de destque no Canal Q. Porém, na primeira metade da década de 2020, o canal das Produções Fictícias passou a concentrar-se essencialmente em magazines.
Para além de Portugal, o canal está presente em Mónaco, Andorra, França, Suíça e Luxemburgo.[5]
História
A fevereiro de 2010, o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) autorizou a emissão linear do serviço de programas televisivo do Q, a emitir entre as 21h45m e 00h. O Canal Q começou com uma grelha de programas temáticos com o objetivo de difundir os conteúdos produzidos pela empresa Produções Fictícias, S.A., como talk shows, magazines, debates, entrevistas e programas de humor em língua portuguesa.[6] A primeira emissão deu-se a 29 de março desse ano, com distribuição exclusiva pela Meo (operadora da então Portugal Telecom), numa parceria que envolveu a tecnologia da PT Inovação, para o desenvolvimento do video-on-demand.
O canal, desde a sua fundação, apostou na interatividade com o espetador, dando a oportunidade de o público comunicar com os criadores quase em tempo real através da disponibilização de todos os conteúdos transmitidos online, nas redes sociais do canal. Para além disto, o canal também disponibilizou a gravação on-demand.[7]
O diretor das Produções Fictícias, Nuno Artur Silva, acumulou o cargo de diretor-geral do Canal Q.
Após um balanço dos primeiros seis meses de atividade do Canal Q, a 29 de setembro de 2010, o canal começou a emitir 15 horas de programação por dia, duplicando o número de programas na sua grelha, de 15 para 30.[8]
A março de 2014, a propósito da comemoração de quatro anos de emissões, o Canal Q estreou um novo design gráfico de logótipo e publicidade. O trabalho de mudança de imagem ficou a cargo do designer e diretor de arte Sílvio Teixeira.[9]
Com a nomeação de Nuno Artur Silva, a janeiro de 2015, pelo Conselho Geral Independente da RTP, para ocupar o lugar de administrador com a responsabilidade da área dos conteúdos da RTP, Gonçalo Félix da Costa assumiu o cargo de administrador no lugar da direção das Produções Fictícias e do Canal Q.[10]
Direção atual
Depois da saída de Gonçalo Félix da Costa, a até então diretora de produção, Diana Coelho, foi a escolhida para assumir o cargo de diretora-geral. A direção fica composta por mais quatro elementos de diferentes áreas: André Caldeira como diretor técnico, Gonçalo Fonseca como diretor comercial e de comunicação, Susana Romana como diretora criativa e Michelle Adrião como diretora financeira.[11]
Disponibilidade por cabo
A 4 de março de 2013, a operadora de TV por subscrição Zon (atualmente NOS), passou a distribuir também o Canal Q, na posição 15.[12] O canal já era distribuido pela MEO, na mesma posição.
A partir de 10 de abril do mesmo ano, o canal começou a integrar a oferta da TV Cabo angolana. A entrada no mercado angolano foi a primeira incursão do Canal Q no estrangeiro.[13]
A partir de 4 de fevereiro de 2016, a operadora Vodafone começou também a distribuir o Canal Q, na posição 15.
Actualmente, o Canal Q está na posição 101 na MEO, 70 na NOS e 104 na Vodafone.
Internacionalmente, o Canal Q é emitido em Angola, Moçambique, França, Mónaco, Andorra e Luxemburgo. Tendo produzido, nos últimos anos, cerca de 700 horas de conteúdo original em português.[5]
Colaboradores frequentes
Apresentadores
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Comentadores
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Programação original
Os programas que se seguem tiveram ordem de produção pelo Canal Q.
Séries
Entretenimento
Talk-shows
Receção
Audiências
Durante os primeiros seis meses de emissão, o canal Q, disponível apenas na operadora Meo, emitiu para uma média de 35 mil pessoas por noite, segundo dados avançados pela Direção-geral do canal.[8]
Até julho de 2012, as audiências quase quadriplicaram comparando com os valores registados no arranque do projeto, em 2010. Apenas disponível no MEO, houve um aumento de 143% durante o horário nobre, no segundo trimestre de 2012, face ao período janeiro-março. No período a partir das 00h, os números do canal de humor subiram em 131%.[58]
Prémios e nomeações
A revista Meios & Publicidade, na sua 13.ª edição da cerimónia de prémios de Media, elegeu o Canal Q na categoria de Canal de Entretenimento Nacional.[59]
A edição de 2012 dos IV Troféus de televisão TV 7 Dias nomearam o programa Baseado numa história verídica na categoria de Melhor talk-show. No entanto, o programa Alta definição da SIC viria a ser eleito vencedor.[60]
Controvérsias
Em maio de 2016, Nuno Markl e José Cid geraram controvérsia a propósito da transmissão de um episódio repetido de Showmarkl (2010). Nesta emissão, em entrevista no talk-show do Canal Q, José Cid teceu considerações que foram entendidas como um insulto a Trás-os-Montes, dizendo que os seus habitantes e cultura não eram representativos de Portugal.[61] Os comentários do músico, geraram indignação nas redes sociais, resultando e cancelamentos de concertos, marcação de manifestação para 11 de junho em Alfândega da Fé, para além de uma petição online com exigência de pedido de desculpas. Insultos a Nuno Markl viriam a desencadear a suspensão da sua página de Facebook.[62] Em comunicado enviado às redações, José Cid viria a pedir desculpas pelos seus comentários depreciativos.[63]
O canal já publicou anúncios onde declarava estar à procura de estagiários não pagos.[64]
Referências
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