Beto Bruno, o vocalista, era dos Malvados Azuis, bem como o ex-baixista Jerônimo Bocudo, que hoje toca nos Locomotores. Rodolfo Krieger, baixista atual, já foi vocalista dos Gabardines e guitarrista e vocalista da banda Os Efervescentes. Marcelo Gross já tocou bateria na banda de Júpiter Maçã e n'Os Hipnóticos. Gabriel Azambuja, Alex Cunha e Pedro Pelotas fazem parte da sua primeira banda.
A origem do nome
O nome Cachorro Grande foi sugerido por Beto Bruno. Logo depois, contou com o aval de Marcelo Gross e do restante da banda. A origem veio do fato que, no início da banda, ainda sem músicas próprias, faziam parte do repertório do grupo covers de bandas como The Rolling Stones, The Beatles e The Who. Para escolher quais canções tocar, era uma "briga de cachorro grande", expressão usada no Rio Grande do Sul para se referir a algo muito complicado. Então, o nome da banda ficou Cachorro Grande.[1]
Primeiros anos
Em 2001 é produzido o primeiro álbum de estúdio da banda, homônimo, Cachorro Grande, que teve pouca divulgação. Lançado por uma gravadora pequena, não alcançou o grande público, mas levou-os a tocar em diversos festivais de bandas independentes ampliando assim a sua base de fãs. Ainda assim o disco contém canções que mais tarde se tornaram conhecidas como "Lunático", "Sexperienced" e "Debaixo do Chapéu".
Sucesso e reconhecimento nacional
Em 2004 lançam o seu segundo disco, As Próximas Horas Serão Muito Boas. Rejeitado anteriormente por outra gravadora sob pretexto de ser "não comercial", o projeto só foi em frente graças ao músico Lobão, que lançou o disco em sua revista OutraCoisa. A consequência foi uma maior distribuição, garantindo à banda maior visibilidade. O crescente sucesso a partir das músicas "Hey Amigo" e "Que Loucura!" despertou o interesse da gravadora Deckdisc, que assinou contrato com a banda.
Em 2005, é lançado o álbum Pista Livre, produzido por Rafael Ramos e masterizado no lendário estúdio Abbey Road, em Londres (o mesmo utilizado pelos Beatles), foi o disco que mais alcançou repercussão entre o público. Com maior refinamento técnico, o disco conta com músicas que receberam bastante destaque nas emissoras de rádio do Brasil, tais como: "Você Não Sabe o que Perdeu", "Sinceramente" e "Bom Brasileiro".
A banda permaneceu com sua formação original por cinco anos, até a saída do baixista Jerônimo Lima em 2005, logo após a gravação do álbum Acústico MTV: Bandas Gaúchas. Jerônimo formou com outros músicos a banda Locomotores, e em seu lugar entrou Rodolfo Krieger, que até então era vocalista e guitarrista da banda Os Efervescentes.
Em maio de 2007, a banda lança o quarto álbum de estúdio, Todos os Tempos, com produção de Rafael Ramos. São doze canções e o primeiro single foi "Você me Faz Continuar", com inspirações na banda escocesaPrimal Scream e nos Rolling Stones; o segundo foi "Roda-gigante", como conta o Beto Bruno em entrevista: "Foi para fazer esse tipo de som que eu quis ser músico"; e o terceiro e último single foi "Conflitos Existenciais". O disco conta com a particularidade de ter músicas compostas também pelo bateristaGabriel Azambuja, o tecladistaPedro Pelotas e o baixistaRodolfo Krieger.
Na segunda quinzena de junho de 2009, foi lançado o álbum Cinema.[2][3] O disco foi gravado em rolo analógico de duas polegadas. Foi o primeiro disco da banda a ser lançado em vinil de alta fidelidade em edição especial.
Baixo Augusta
Após a turnê do álbum Cinema, a banda iniciou as gravações do novo disco, Baixo Augusta[4] , no dia 11 de abril de 2011, pela gravadora Trama, com produção própria. Grande parte das sessões de estúdio foram transmitidas ao vivo pela TV Trama[5]. Na época, também foi anunciado o álbum solo de Marcelo Gross.[4]
O álbum foi lançado em lançado em dezembro de 2011 no formato digital e em fevereiro de 2012 no formato físico.
Inicialmente, o registro foi apenas pessoal, mas dois anos depois, o show foi lançado em DVD, com a distribuição da Universal Music. O show conta com 15 faixas, o making of do show e a regravação de "Sympathy for the Devil", clássico dos Rolling Stones, com a participação especial de Lobão.[7]
Costa do Marfim
No início de 2014 a banda entrou em estúdio com o produtor Edu K, da banda DeFalla[8], visando novas direções musicais. O disco foi nomeado ''Costa do Marfim'', uma homenagem ao estúdio no qual foi gravado. O álbum foi patrocinado e lançado pela grife Cavalera[9] e teve o primeiro single, Como Era Bom, incluída na trilha sonora da 23ª temporada de Malhação, da Rede Globo. Outra faixa de destaque foi a música O Que Vai Ser.
Em meados do mesmo ano, a banda entrou em estúdio novamente com o produtor Edu K, para a gravação do oitavo álbum de estúdio, intitulado Electromod, lançado em 5 de agosto pela Coqueiro Verde Records[11]. No show feito em Curitiba, no dia 15 de julho, a banda lançou o primeiro single do álbum, a faixa-título Electromod.[12] A segunda música de trabalho foi Tarântula.
Saída de Marcelo Gross e turnê de despedida
Em 2 de maio de 2018, a banda anuncia a saída de Marcelo Gross, guitarrista e membro fundador do grupo. O vocalista Beto Bruno disse que a ruptura foi acontecendo aos poucos: "Já faz alguns anos que sentimos um certo afastamento dele a respeito do processo criativo da banda". Para substituí-lo, o guitarrista Gustavo X foi convidado.[13]
Depois, em novembro, a banda anunciou em sua conta do Facebook uma parada usando o álbum ao vivo Clássicos para anunciar uma turnê final de celebração à vida do grupo gaúcho e não à sua parada". Também foi anunciado que Marcelo Gross faria com eles a turnê de despedida.[14] Em entrevistas, o vocalista Beto Bruno e o baixista Rodolfo Krieger comentaram que o clima da banda já não estava bom há tempos, com brigas e discussões desde a gravação do álbum Electromod.[15]