C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones

"C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones"
Single de Gianni Morandi
Lado B Se perdo anche te
Lançamento outubro de 1966 (1966-10)
Formato(s) Compacto simples
Gênero(s) Música pop
Duração 03:05
Idioma(s) Italiano
Gravadora(s) RCA
Composição Mauro Lusini e Franco Migliacci
Cronologia de singles de Gianni Morandi
"Notte di ferragosto"
(1966)
"Un mondo d'amore"
(1967)

C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones é um single de Gianni Morandi, lançado em outubro de 1966. O lado A foi composto por Mauro Lusini e Franco Migliacci em 1966, para ser apresentada no terceiro Festival delle Rose por Morandi e Migliacci. A canção acabaria tendo a sua execução proibida na RAI, tanto em rádio como na televisão. pela O lado B é "Se Perdo anche Te", um cover de "Solitary Man", de Neil Diamond cuja versão em italiano foi escrita por Franco Migliacci e Loris Bazzocchi. Ambos os lados têm arranjo de Ennio Morricone, contando com sua orquestra como acompanhamento.[1][2][3] A canção alcançou a 1ª posição na parada musical italiana durante 3 semanas consecutivas em fevereiro de 1967.[4]

Desempenho nas tabelas musicais

Tabela musical (1966) Canção Melhor
posição
Data
 Itália (Hit Parade Italia)[4] C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones 1 Fevereiro de 1967

Versão de Os Incríveis

"Era um Garoto Que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones"
Single de Os Incríveis
do álbum Para os Jovens que Amam os Beatles, Rolling Stones e... Os Incríveis
Lado B Czardas
Lançamento julho de 1967 (1967-07)
Formato(s) Compacto simples
Gênero(s) Jovem Guarda
Duração 03:30
Idioma(s) Português
Gravadora(s) RCA
Composição Mauro Lusini e Franco Migliacci / versão: Brancato Júnior
Produção Brancato Júnior
Cronologia de singles de Os Incríveis
"Feliz Foi Adão"
(1966)
"Israel"
(1968)

Esta canção foi o primeiro single de Os Incríveis após saírem da gravadora Continental. O compacto foi lançado em julho de 1967 pela gravadora RCA para promover o seu primeiro álbum pela nova gravadora que seria lançado em outubro do mesmo ano, Para os Jovens que Amam os Beatles, Rolling Stones e... Os Incríveis. A canção é uma versão de uma canção italiana de protesto pela Guerra do Vietnã cantada por Gianni Morandi, também contratado da RCA. A letra em português foi escrita por Brancato Júnior, empresário da banda na época.[5][6]

Versão de Engenheiros do Hawaii

"Era um Garoto Que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones"
Single de Engenheiros do Hawaii
do álbum O Papa É Pop
Lado B Era um Garoto Que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones
Lançamento setembro de 1990 (1990-09)
Formato(s) Compacto simples
Gravação julho e agosto de 1990
Estúdio(s) Estúdios BMG, no Rio de Janeiro
Gênero(s)
Duração 04:25
Idioma(s) Português
Gravadora(s) BMG, através do selo RCA-Victor
Composição Mauro Lusini e Franco Migliacci / versão: Brancato Júnior
Produção Engenheiros do Hawaii
Cronologia de singles de Engenheiros do Hawaii

Os Engenheiros resolveram incluir no disco O Papa É Pop um cover desta canção após terem executado ela em um "showmício"[nota 1] do candidato do PDT Leonel Brizola nas eleições de 1989, em Betim, em Minas Gerais, para cobrir um atraso do candidato. A banda havia feito um acordo de participar de três eventos de campanha: este, em Betim; outro na Cinelândia, no Rio; e, finalmente, um em Maringá, no Paraná. Como a resposta do público foi muito forte, a canção passaria a fazer parte do repertório daquela turnê, sendo tocada, por exemplo, na participação da banda na terceira edição do festival Hollywood Rock, em janeiro de 1990, no Estádio do Morumbi e na Praça da Apoteose, respectivamente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A apresentação desta música foi o ponto alto da noite, com o guitarrista Augusto Licks solando diversos hinos e, ao final, puxando os jingles das campanhas de Brizola e Lula - que haviam sido derrotados nas eleições pouco mais de 1 mês antes - para delírio da multidão que cantava junto.[7][8] A canção seria uma das mais executadas daquele ano, ajudando a puxar as vendagens do disco para mais de 350 mil unidades, rendendo um disco de platina para o grupo gaúcho naquele ano.[9][10]

Ainda, quando criança, o cantor e compositor Humberto Gessinger ganhou um violão pelo seu gosto por essa canção, na versão de Os Incríveis.[11]

Outras versões

  • No Brasil, ela foi regravada, também, por Maritza Fabiani (em 1967) e pela banda KLB em seu álbum Bandas, de 2007.[14]

Notas e referências

Notas

  1. Espécie de comício em que uma atração musical se apresentava junto com os candidatos, muito comum no Brasil, mas proibidos a partir de uma reforma eleitoral aprovada em 2006.

Referências

  1. Alves 2001, pp. 6;92
  2. Guaitamacchi 2009
  3. «Discografia Nazionale della canzone italiana». discografia.dds.it. N.d. Consultado em 2 de fevereiro de 2017 
  4. a b Salvatori 1989
  5. Marcelo Fróes e José Carlos Almeida (n.d.). «The Clevers depois Os Incríveis». Portal Jovem Guarda. Consultado em 7 de novembro de 2022 
  6. Torres Cruz 2003, p. 23
  7. Lucchese 2016, pp. 238-239
  8. Mazocco & Remaso 2019, pp. 204-207
  9. Lucchese 2016, pp. 248-249
  10. Mazocco & Remaso 2019, pp. 221-222
  11. Fernanda Frozza e Marcos Mazini (22 de setembro de 2016). «Humberto Gessinger diz que começou a tocar violão por causa de 'Era um Garoto Que Como Eu...'». GShow. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  12. swisscharts.com/
  13. Cotto 2011
  14. «KLB apresenta seu novo trabalho». Claudia. 22 de outubro de 2008. Consultado em 7 de novembro de 2022 

Bibliografia

  • Alves, Luciano (2001). O Melhor do Rock Brasil - Vol. II. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. ISBN 978-8574071466 
  • Cotto, Massimo (2011). Il grande libro del rock (e non solo). Musica per tutti i giorni dell'anno. Roma: Rizzoli. ISBN 978-8817048507 
  • Gessinger, Humberto (2009). Pra Ser Sincero: 123 Variações sobre um Mesmo Tema. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8560174454 
  • Guaitamacchi, Ezio (2009). 1000 canzoni che ci hanno cambiato la vita. Roma: Rizzoli. ISBN 978-8858617427 
  • Lucchese, Alexandre (2016). Infinita Highway: Uma Carona com os Engenheiros do Hawaii. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8581742915 
  • Mazocco, Fabrício; Remaso, Sílvia (2019). Contrapontos: Uma Biografia de Augusto Licks. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8581744728 
  • Salvatori, Dario (1989). Storia dell'Hit Parade. Roma: Rizzoli. ISBN 8876054391 
  • Torres Cruz, Décio (2003). O pop: literatura, mídia e outras artes. Bahia: Editora Universidade do Estado da Bahia. ISBN 978-8587243201