A bocha é disputada em Jogos Paraolímpicos desde a edição de Stoke Mandeville/Nova York 1984. O programa atual da modalidade é composto por sete categorias ou provas, todas para portadores de paralisia cerebral. Considerado um jogo de estratégia, é um dos esportes em que homens e mulheres competem juntos. As provas podem ser individuais, em duplas ou em equipe.
Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o objetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
História
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1984, no masculino e no feminino. A modalidade passou a contar com a disputa em duplas em Atlanta-1996. A origem do esporte, no entanto, é incerta. Os indícios dizem que tudo começou na Grécia e no Egito Antigos como um passatempo, tornando-se um esporte apenas mais tarde, na Itália. No Brasil, a bocha desembarcou junto com imigrantes italianos.
A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na década de 1970. Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto, a bocha teve um antecessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. Foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha paraolímpica. Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já conquistou cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas de bronze. [1]
A competição é dividida em quatro classes de atletas, segundo suas necessidades especiais.
Classe BC1 ficam os atletas que precisam de auxílio para posicionar suas cadeiras de rodas e também é permitido a função de entregar a bola para o jogador.
Classe BC2 estão os atletas que podem movimentar suas cadeiras sem auxílio.
Classe BC3 ficam os atletas com lesões graves, que precisam de equipamentos ou assistentes para se locomoverem.
Classe BC4 estão atletas com lesões graves, mas que não precisam de assistência.
Categorias
A modalidade é disputada atualmente em sete categorias:
Individual BC1.
Individual BC2.
Individual BC3.
Individual BC4.
Pares BC3 – Somente jogadores pertencentes à classe BC3.
Pares BC4 – Somente jogadores pertencentes à classe BC4.
Equipe – Somente jogadores pertencentes às classes BC1 e BC2.