Bau (ou ainda Babu, Bawa ou Baba, um nome que tem origem provavelmente onomatopeica do latido de um cão) era uma divindade suméria feminina.[1]
Textos encontrados em as ruínas de Lagas, datados do reinado do reformador Urucaguina (2364 a.C. - 2342 a.C.) revelam que sua esposa Sasa realizara negócios em nome da rica "casa da deusa Bau".[1]
Mito
A deusa controlava a fertilidade no solo, em animais e pessoas.[2]
Em Lagas dizia-se ser esposa do guerreiro Ninguirsu (Cavaleiro de Guirsu) e era a responsável pela irrigação e fertilidade do solo; noutras partes era casada com Zababa, um guerreiro do norte.[2]
Adoração
Bau/Babu tinha sua adoração como principal deusa nas três maiores cidades da área de Lagas: além dela própria, em Guirsu e em Nimen.[2]
O famoso rei de Lagas, Gudea, se intitulava "Filho de Bau". Nesta época foi tida como filha do deus An (o Anu semita), que encabeçava o panteão dos deuses locais.[2]
Protetora de Guirsu, tinha ali um grande templo, chamado E-tar-sirsir, mesmo nome do seu templo em Lagas.[2]
Seu festival em Lagas, que durava quatro dias, ocorria durante o outono. Peregrinos acorriam de várias cidades, trazendo oferendas e - tanto reis como pessoas do povo - ofereciam sacrifícios aos antepassados, venerando assim aos mortos. Já em Guirsu seus festejos ocorriam no ano-novo, onde era encenado o "matrimônio divino" entre a deusa e Ninguirsu.[2]