Mede 20,5 cm de comprimento. O bico tem uma viva coloração alaranjada com um cúlmen preto. Ave de colorido bem característico, é pardo-escura por cima, com a face e a garganta pretas, lados da cabeça acinzentados. Pardo-claro por baixo. Os juvenis com marrom-enferrujado em vez de preto e bico escuro.[6]
Vive em pequenos bandos, ao contrário de seus congêneres, que geralmente andam em pares.[9] Costumam pousar no alto de arbustos e árvores baixas, às vezes em cercas, desde onde baixam ao solo em busca de alimento, inclusive em caminhos de terra,[6] enquanto mantém uma sentinela empoleirada no alto, hábito comum de muitos pássaros campestres.[9]
Alimentação
Esta espécie se alimenta de sementes, frutos, brotos de folhas, e artrópodes.
Reprodução
Constrói seu ninho em forma de taça em ramos de árvores ou em pastagens. Para isso utiliza fibras vegetais, cobrindo o interior com pelos, penas e caules de ervas. A fêmea põe de 2 a 3 ovos com uma incubação média de 13 dias. Há 2 ou 3 ninhadas por ano.[10]
Taxonomia
O batuqueiro-de-bico-laranja foi descrito pela primeira vez pelo naturalista francês Louis Jean Pierre Vieillot em 1817 com o nome científico Saltator atricollis; tendo como localidade-tipo o Paraguai.[7]
Novos estudos de Chaves et al (2013)[13] revisaram a sequência linear dos gêneros Saltator e Saltatricula, concluindo que Saltator atricollis e Saltatricula multicolor são espécies irmãs. A Proposta N° 593 ao SACC rejeitou a inclusão de Saltatricula em Saltator e recomendou a inclusão de S. atricollis em Saltatricula sob o nome Saltatricula atricollis,[14] o que foi adotado pelo SACC, pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), e por outras classificações.[15][16]
Finalmente, a Proposta N° 704 ao SACC, com base nos estudos de Burns et al. 2014[17] e outros, aprovou a transferência de Saltatricula e Saltator para a família Thraupidae,[18] o que foi seguido pelas principais classificações.[19][20]
É monotípica, ou seja, não possui subespécies reconhecidas.
↑Burns, K. J., P. Unitt, and N. A. Mason (2016). A genus-level classification of the family Thraupidae (Class Aves: Order Passeriformes). Zootaxa 4088: 329-354.
↑Barker, F. K., K. J. Burns, J. Klicka, S. M. Lanyon, and I. J. Lovette (2015). New insights into New World biogeography: An integrated view from the phylogeny of blackbirds, cardinals, sparrows, tanagers, warblers, and allies. Auk 132: 333-348.
↑ abGwyne, John, Ridgely, Robert, Tudor, Guy & Argel, Martha, 2010. Saltator atricollis, p. 290, em Aves do Brasil Vol.1 Pantanal e Cerrado. Editora Horizonte. ISBN 978-85-88031-29-6
↑Ridgely, Robert and Guy Tudor. 2009, Saltator atricollis, p. 626, em Field guide to the songbirds of South America: the passerines – 1ª ed. – (Mildred Wyatt-World series in ornithology). ISBN 978-0-292-71748-0
↑ abSigrist, Tomas. 2013. Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna brasileira – São Paulo: Avis Brasilis. Saltator atricollis, p. 496. ISBN 978-85-60120-25-3
↑Bico-de-pimenta en Wikiaves. Consultado em 8 de dezembro de 2014.
↑Jr., Remsen J. V.; Areta, J. I.; Cadena, C. D.; Jaramillo, A.; Nores, M.; Pacheco, J. F.; Pérez-Emán, J.; Robbins, M. B.; Stiles, F. G.; Stotz, D. F.; Zimmer, K. J. (2016). «SACC Excel File». A classification of the bird species of South America. South American Classification Committee. American Ornithologists' Union (em inglês). Consultado em 14 de agosto de 2017
↑Van Remsen, fevereiro de 2016. [http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCprop704.htm “Transferir Saltator y Saltatricula de Incertae Sedis a Thraupidae»” Proposta Nº 704 ao South American Classification Committe. Em inglês.
↑Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan & C. L. Wood (2016). «The eBird/Clements checklist of birds of the world: v2016». The Cornell Lab of Ornithology (em inglês) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)