Os primeiros habitantes das terras de Barcarena eram indígenas do povo Aranã que, durante o período Brasil-colônia, antes de 1709, foram catequizados pelos padres jesuítas. Estes se instalaram em terras doadas por Francisco Rodrigues Pimenta, onde fundaram uma fazenda com o nome de Gibirié, depois conhecida como "Missão Gibirié", fundando aí uma igreja, que ainda serve de matriz.
Posteriormente, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia, sob a invocação de São Francisco Xavier. Sua elevação à categoria de Vila aconteceu mediante a promulgação da Lei Estadual nº. 494, de 10 de maio de 1897, ocorrendo sua instalação em 2 de janeiro de 1898, segundo determinado pelo Decreto nº. 513, de 13 de dezembro de 1897[7][8].
Devido a sua proximidade de Belém, a cujo território pertenceu até 1938, Barcarena foi palco de importantes acontecimentos durante os agitados anos da Cabanagem. Em seu território morreu o cônegoBatista Campos, a 31 de Dezembro de 1834, líder revolucionário paraense que editou um jornal contra o presidente Bernardo Lobo de Souza.[9]
Em 2023, o município de Barcarena passa a integrar a Região Metropolitana de Belém depois da aprovação unânime da Lei Complementar N° 164, de 5 de abril de 2023, por parte da Assembleia Legislativa do Pará e, posteriormente, da sanção do governador Helder Barbalho.[10]
Etimologia
O nome "Barcarena" se originou da presença, no assentamento populacional, de uma grande embarcação que havia sido batizada como "Arena" vulgarmente conhecida como barca. A junção das duas palavras fez com que a localidade ficasse conhecida como Barcarena. Contudo, também existia em 1487 uma povoação em Portugal chamada Barcarena, e que de lá vinha a maior parte do armamento e pólvora do império português (Fábrica da Pólvora de Barcarena), portanto provavelmente o nome se teve origem nesta localidade portuguesa.
Economia
A cidade é um importante pólo industrial, onde é feita a industrialização, beneficiamento e exportação de caulim, alumina, alumínio e cabos para transmissão de energia elétrica. A economia tem base tradicional na agricultura, mas também avança com o turismo e com as indústrias instaladas na cidade, gerando crescimento econômico para o município e para o estado do Pará. É em Barcarena que está localizado o maior porto do estado do Pará: o Porto de Vila do Conde, onde a Santos Brasil administra o terminal de contêineres "Tecon" Vila do Conde.[11]
Sede do Porto da Companhia Docas do Pará em Vila dos Cabanos, por onde escoa o alumínio produzido na cidade.
Feira Municipal de Vila dos Cabanos
Turismo
Barcarena é famosa por suas belas praias. É no município onde encontra-se algumas das mais famosas praias do estado do Pará, como a Praia de Cuipiranga, Praia Guajarino e, a mais famosa da região, a Praia do Caripi, onde se encontra o famoso Trapiche do Caripi. (Na língua tupi “Cari” quer dizer 'branco' e “Pi”, 'maus'.)
Além das praias, Barcarena abriga naturalmente centenas de espécies nativas e fortes belezas naturais, assim sendo bastante procurada pelo seu ecoturismo.
↑ ab«Barcarena»(PDF). IBGE. Consultado em 27 de abril de 2011
↑IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
↑«Estimativas de População 2017»(PDF). Estimativas de População 2017. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2017. Consultado em 23 de dezembro de 2017