Num futuro próximo, Bacurau, uma pequena cidade brasileira no oeste de Pernambuco, lamenta a perda de sua matriarca, Carmelita (Lia de Itamaracá), que viveu até os 94 anos. Dias depois, seus habitantes aos poucos percebem algo estranho acontecer na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam pela primeira vez na cidade com planos de exterminar toda a população ali residente, carros são atingidos por tiros e cadáveres começam a aparecer. Os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Resta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.
No agregador de críticas Rotten Tomatoes, o filme detém 90% de aprovação com base em 125 avaliações, com uma classificação média de 7,76/10. O consenso crítico do site diz: "Formalmente empolgante e narrativamente ousado, Bacurau se baseia nas preocupações sociopolíticas brasileiras modernas para apresentar um drama contundente e que mistura o gênero".[17] No Metacritic, o filme tem uma pontuação média ponderada de 82 em 100, com base em 25 críticas, indicando "aclamação universal".[18]
Peter Bradshaw do jornal britânico The Guardian diz que o filme é "completamente distinto, executado com clareza e força implacáveis".[19] Steve Pond do TheWrap escreve que: "Bacurau é perturbador, um sonho febril sobre um período confuso no Brasil. E, ocasionalmente, é muito divertido também".[20]
O portal IndieWire, especializado em filmes independentes deu a nota B+ para Bacurau. A revista Variety disse que o filme "é aquele raro exemplo de longa que provavelmente teria sido melhor se tivesse sido mais burro, ou pelo menos menos ambicioso".[4]
Stephen Dalton do The Hollywood Reporter considerou Bacurau "uma mistura impressionantemente rica, mas talvez um pouco rica demais, por vezes exageradamente recheada e mal cozida em alguns lugares".[5]
Cesar Soto escreveu no G1 que "não é sempre que o cinema brasileiro consegue equilibrar tão bem o realismo pelo qual é conhecido com diferentes características de filmes de gênero, como ação ou suspense. Bacurau estreia com uma mistura certeira de crítica, sarcasmo e, em certo grau, diversão pop".[21]
Inácio Araujo da Folha de S.Paulo deu ao filme 5 estrelas e disse: "Bacurau é um filme claro e direto".[22]
Por outro lado, o geógrafoDemétrio Magnolli, em sua coluna para Folha de S.Paulo, criticou o filme. Para ele: "O filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles deve ser visto como um testemunho de nossa miséria intelectual — ou, mais precisamente, da extinção de qualquer traço de vida inteligente na esquerda brasileira".[23]