A Azurita é um mineral do grupo dos carbonatos com composição química Cu3(CO3)2(OH)2[1][2] (carbonato de cobre hidróxido). Cristaliza no sistema monoclínico,[1][2] apresentando hábito prismático, sendo no entanto mais comum as ocorrências maciças, nodulares e estalactíticas. Possui uma dureza que varia entre 3.5 e 4 na Escala de Mohs[1][2] e peso específico variando entre 3.77[2] e 3.89.
A azurita é encontrada frequentemente em associação com a malaquita, crisocola, brochantita, antlerita, cuprita, cerussita, smithsonita, calcita e dolomita[3], como resultado da alteração e oxidação de minerais de cobre. Pode ser encontrada em porções oxidadas dos filões de cobre. pode ocorrer também nos veios de cobre; que penetram em calcários.[1]
O nome azurita tem origem na palavra árabe para azul. Desde há muito tempo usada como pigmento mineral azul em pinturas.[4][2] Usada também em joias;[2] os melhores espécimes são apreciados por colecionadores de minerais.[2] Atualmente seu uso principal é na produção de cobre.[5]
Esse mineral pode ser encontrado na Austrália (Queesland), Chile, Estados Unidos (Arizona), Novo México, Romênia, Peru, Canadá, México, Namíbia, Rússia e China[4]. No Brasil ele é encontrado nos estados da Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.[3]
Aspecto Histórico
O início do seu uso ocorreu por volta da IV Dinastia, o seu uso era bastante popular entre as mulheres como maquiagem para pálpebras. Na Europa, o pigmento azul obtido foi considerado bastante importante durante a Idade Média e o Renascimento, devido seu grande uso em pinturas entre os séculos XV e XVI. Essa pigmentação era obtida a partir da trituração e lavagem do mineral.[5]
Azurita e as crenças
No Antigo Egito acreditava-se que a Azurita era um mineral sagrado e por isso era guardada com exclusividade para ser usada por sacerdotisas e sacerdotes. Outros acreditavam que ela era um mineral da cidade perdida de Atlântida. Na China existia a teoria que ela abria caminhos celestiais, já os nativos americanos a usavam para se comunicar com os seus guias espirituais.[6]