Beatriz H. C. Aicardi de Neuhaus
María Eugenia Casinelli de García Irureta Goyena
Eva Márquez de Castillo Barrios
María Isabel Chorobik de Mariani
Delia Giovanola de Califano
Clara Jurado
Leontina Puebla de Pérez
Raquel Radio de Marizcurrena
Vilma Delinda Sesarego de Gutiérrez
Haydee Vallino de Lemos
Alicia Zubasnabar de De la Cuadra
A Associação Civil Avós da Praça de Maio (Abuelas de Plaza de Mayo) é uma organização de direitos humanosargentina que tem como finalidade localizar e restituir todas as crianças sequestradas ou desaparecidas pela ditadura militar argentina (1976–1983) às suas legítimas famílias, criar as condições para prevenir este crime contra a humanidade e obter o castigo correspondente para todos os responsáveis. É presidida por Estela de Carlotto e tem sua sede central em Buenos Aires. Até o dia 2 de abril de 2021, a associação tinha solucionado 130 casos de crianças desaparecidas durante a última ditadura militar argentina.[1]
No dia 24 de março de 1976 foi instaurada na Argentina uma ditadura civil-militar autodenominada Processo de Reorganização Nacional (1976-1983). Enquanto terrorismo de Estado, o governo utilizou como tecnologia de repressão o sequestro e a detenção de seus opositores em centros clandestinos de detenção onde praticaram tortura, assassinato e desaparecimento de corpos.
Nesse contexto, coordenou um sistema de prisão de mulheres grávidas, partos clandestinos, falsificação de identidades e simulação de adoções, com o qual fez desaparecer também os filhos e filhas da oposição. Estima-se que 500 crianças tenham sido apropriadas durante a ditadura, muitas delas sendo criadas pelos próprios algozes de seus pais.[2][3]
Em agosto de 2014, Estela de Carlotto anunciou à imprensa ter encontrado seu neto, filho de sua filha Laura. Laura Carlotto foi presa em 26 de novembro de 1977 a Buenos Aires enquanto estava grávida de dois meses e meio, antes de ser assassinada por seus captores.