Revólver .38 Taurus RT 838 com tambor de 8 disparos
Mortes
4
Feridos
11
Motivo
Desconhecido
O ataque a escolas em Aracruz foi um atentado terrorista que ocorreu em 25 de novembro de 2022, quando um adolescente cujo nome não identificado no momento, mas posteriormente identificado como Gabriel Rodrigues Castiglioni, invadiu duas escolas de Aracruz, Espírito Santo, e efetuou disparos de arma de fogo. Quatro vítimas morreram e ao menos onze ficaram feridas durante o atentado.[1].
Ataque
O ataque começou por volta de 9h30.[2] O atirador agiu usando roupas camufladas, capuz e indumentária nazista. Ele arrombou um cadeado e invadiu a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, realizando disparos que atingiram 11 pessoas — duas delas eram professoras, que morreram ainda no local.[1] Uma terceira professora morreu um dia depois.[3] Em seguida, ele seguiu de carro até a unidade particular Centro Educacional Praia de Coqueiral,[1] entrando às 9h49 pelo portão, que não estava trancado,[2] e disparou contra mais três vítimas, sendo que uma delas, uma estudante do 6.º ano do ensino fundamental, morreu no local.[1] O atirador fugiu da escola um minuto depois, às 9h50,[2] de carro. Ficou desaparecido até o início da tarde, quando a Polícia Militar confirmou que o autor do ataque foi preso.[4]
Autor
Gabriel Rodrigues Castiglioni de 16 anos de idade (à época), possuía um símbolo nazista nas roupas camufladas que utilizava no ataque, confessou ser o autor do crime, afirmando que o planejou por dois anos.[5][6] Era ex-aluno da primeira escola atacada e utilizou o carro e duas armas do pai, que é policial militar.[5][7][8] O pai do atirador tinha compartilhado em uma rede social a imagem do livro Mein Kampf, escrito por Adolf Hitler, no qual descreve ideais antissemitas. A publicação foi apagada após o crime.[8][9] O atirador também fora um assíduo admirador de outros atentados semelhantes, e fizera parte de comunidades de true crime, consumindo este conteúdo.[10]
Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, professora de alfabetização na Escola Estadual Primo Bitti[12]
Selena Sagrillo Zuccoloto, 12 anos, aluna do Centro Educacional Praia de Coqueiral[13][14]
Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos, professora de matemática na Escola Estadual Primo Bitti[15]
Flávia Amoss Merçon Leonardo, 38 anos, professora de sociologia na Escola Estadual Primo Bitti[16][17]
Repercussão
Após o ataque, a Prefeitura de Aracruz anunciou a suspensão das aulas na rede municipal.[18] O prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, declarou que essa foi "a maior tragédia que nossa cidade já viu".[19] O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse que iria acompanhar o caso "com pesar e muita tristeza",[20] e decretou luto oficial de três dias no estado.[21] O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou no Twitter: "Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda".[22] O ataque também repercutiu na imprensa internacional.[23][24]
Terceiro atentado no mesmo dia
Na tarde do mesmo dia, um adolescente de 16 anos atacou quatro estudantes de forma aleatória com um estilete na Escola de 1º Grau Cleres Martins Moreira, no município de Colatina, também no Espírito Santo. O autor foi dominado por um estagiário e um professor.[25] O jovem é estudante da unidade de ensino e faz uso de medicamentos controlados devido a problemas mentais, segundo informado pela escola e pela família. Contudo, de acordo com a prefeitura, esse incidente não tem relação com o atentado de Aracruz. A administração municipal de Colatina suspendeu as aulas na rede de ensino por conta dos acontecimentos nesta cidade e em Aracruz.[26][27]