A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) é uma sociedade civil, filantrópica, de natureza cultural, educacional e assistencial. Além de pais e amigos dos excepcionais, toda a comunidade pode contribuir na associação. O objetivo das Apaes é promover ações de prevenção, diagnóstico, reabilitação, tratamento e inclusão social de pessoas com deficiência.[1] A instituição oferece educação especial e estrutura para tratamento de deficientes físicos e intelectuais.[2][3]
Missão
As Apaes tem como principal missão prestar serviços de educação, saúde e assistência social no que se diz respeito a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência, conscientizando cada vez mais a sociedade.[1]
Promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas Apaes, na perspectiva da inclusão social de seus usuários.
História
A mobilização de familiares e amigos de pessoas com deficiência impulsionaram a discussão acerca da necessidade de inclusão social destes indivíduos, este movimento pode ser considerado pioneiro no país, visto que, até então não havia um olhar específico para este assunto. Nascida no Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1954, na ocasião da chegada ao Brasil de Beatrice Bemis, procedente dos Estados Unidos, membro do corpo diplomático norte-americano e mãe de uma portadora de Síndrome de Down.[1]
Motivados por aquela cidadã, um grupo, congregando pais, amigos, professores e médicos de excepcionais, fundou a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Brasil com o intuito de educar, prestar atendimento médico, suprir suas necessidades básicas de sobrevivência e lutar por direitos na perspectiva da inclusão social. A primeira reunião do Conselho Deliberativo ocorreu em março de 1955, na sede da Sociedade Pestalozzi do Brasil. Esta colocou a disposição, parte de um prédio, para que instalassem uma escola para crianças excepcionais, conforme desejo do professor La Fayette Cortes.
Pela primeira vez no Brasil, discutia-se a questão da pessoa com deficiência em um grupo de famílias que trazia para o movimento suas experiências como pais de deficientes e, em alguns casos, também como técnicos na área.
Para uma melhor articulação de suas ideias, sentiram a necessidade de criar um organismo nacional. Criou-se então a Federação Nacional das Apaes - Fenapae, fundada no dia 10 de novembro de 1962. A Federação funcionou durante vários anos em São Paulo, no consultório de Stanislau Krynsky. O primeiro presidente da diretoria provisória eleita foi Antonio Clemente Filho.
Em 1964, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, então presidente do Brasil, apoiou a iniciativa para a aquisição de um prédio. Construiu-se então, no terreno onde hoje se localiza a atual sede do Rio de Janeiro. Com a aquisição da sede própria a Federação foi transferida para Brasília.
O movimento das Apaes foi se ampliando no Brasil, assim contemplando mais estados e cidades do interior, deste modo, de 1954 a 1962 surgiram cerca de dezesseis Apaes no país. No seu primeiro ano a associação atendeu 40 pessoas com deficiência mas atualmente atende cerca de 350 mil[4] pessoas em mais de 2.178 unidades de Apaes e filiadas no Brasil.[5]
Adotou-se como símbolo a figura de uma flor ladeada por duas mãos em perfil, uma em posição de amparo e a outra de proteção.
Serviços prestados pela Apae:
A instituição oferece uma extensa variedade de serviços para pessoas com deficiência intelectual, múltipla ou autismo e suas famílias, tais como:
Atendimento educacional especializado: inclui escolas especiais, salas de recursos com profissionais especialistas e atividades de educação inclusiva em escolas regulares.
Atendimento social: Oferece assistência social para as famílias, contando com programas de assistência financeira, orientação e apoio psicossocial.
Atendimento em saúde: atendimento médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e outros profissionais. Buscando oferecer melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Atendimento esportivo e cultural: Propõe atividades esportivas e culturais para pessoas com deficiência, buscando a integração e inclusão social das pessoas com deficiência.
Atendimento jurídico: Disponibiliza suporte jurídico para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo orientação e assistência legal.[1]
Atendimento Educacional: Níveis e Modalidades de Ensino Ofertados nas Escolas da Rede Apae
Nas escolas da Rede Apae é ofertada a educação básica, assim contemplando a educação infantil, ensino fundamental I e II e Educação de Jovens Adultos (I fase). Além disso, oferece também educação especial para o trabalho. [6]
Levando em consideração a autonomia e realidade de cada rede de ensino, sugere-se que organizem o atendimento da seguinte maneira:
Educação Infantil
Educação Precoce: 0 a 3 anos- O objetivo é um planejamento mais sistemático com o intuito de estimular as crianças nos primeiros anos de vida de maneira a observar os possíveis atrasos no desenvolvimento. Além de proporcionar experiências e desenvolvimento ao aluno.
Pré escola: 4 e 5 anos - O objetivo é continuar o trabalho educacional que iniciou-se na etapa anterior, dessa maneira estimula-se as áreas que exigem reforço, aumentando as aquisições dos alunos nos aspectos: motor, sensório-motor, cognitivo, linguagem, emocional e social. Aborda também o desenvolvimento de habilidades sociais a fim de preparar os alunos para a educação formal e sistemática capacitando-os a se relacionar em grupo.
Ensino Fundamental: 1º ao 5º Ano- Ofertamos recursos e estratégias que atendam às necessidades individuais estimulando-as de acordo com suas potencialidades, com o objetivo de desenvolver a autonomia e independência nas habilidades básicas de maneira funcional.[7]
Ensino fundamental fase II : 15 anos à 29 anos- Educação de Jovens e Adultos e Educação para o trabalho que busca preparar e inserir os alunos no mercado de trabalho, assegurando-os os seus direitos.