A Associação RJ de Esportes, mais conhecida RJ Vôlei,[1] foi uma equipe brasileira de voleibol masculino da cidade do Rio de Janeiro que atuou na Superliga Série A. A equipe foi fundada em 2011 como Associação Desportiva RJX, de propriedade do empresário Eike Batista, e batizada conforme a nomenclatura das companhias do Grupo EBX. Com a saída de Batista e do patrocínio da OBX em novembro de 2013, a equipe passou por uma séria crise, e muitos atletas deixaram o time, a equipe foi renomeada, e logo após o fim da temporada, encerrou suas atividades.
Histórico
A cidade do Rio de Janeiro, que desde a dissolução da Olympikus em 1999 não tinha nenhuma equipe representando-a na Superliga,[2] voltou ao circuito do voleibol masculino do Brasil com a fundação do RJX, em abril de 2011. A equipe foi parte do projeto de investimentos no voleibol do empresário brasileiro Eike Batista, e contemplava a formação de novos jogadores e a escola de voleibol do técnico da seleção brasileira masculinaBernardinho.[3]
Já em sua primeira temporada a equipe contava com jogadores de grande renome, como Lucão, Marlon, Dante e Théo, todos com títulos conquistados pela seleção brasileira.[4] No Campeonato Carioca 2011 os comandados do técnico Marcos Miranda conquistaram seu primeiro título, batendo o Volta Redonda na decisão por 3 sets a 1.[5] Na Superliga 2011/2012 a equipe teve dificuldades na primeira fase, terminando-a na sétima colocação.[6] Nas quartas-de-final o time fluminense surpreendeu o então campeão Sesi-SP eliminando-o na série melhor-de-três por 2-0.[7] Contra o Vôlei Futuro nas semifinais, porém, veio a eliminação por 2-1 na melhor-de-três e a quarta colocação geral no torneio.[8] Na segunda temporada, a RJX foi campeã da Superliga diante do Minas Tênis Clube. Foi o primeiro título carioca da Superliga em 32 anos.[9]
Em agosto de 2013, a equipe foi renomeada Associação RJ de Esportes e se mudou para o Tijuca Tênis Clube, com apenas alguns jogos no Maracanãzinho.[10] A estatal Furnas assinou parceria com a equipe.[11] Em novembro de 2013, em meio à crise no Grupo EBX a OGX retirou o patrocínio da equipe. O clube foi então rebatizado RJ Vôlei, com o diretor José Inácio Salles explicando que "RJX" provinha dos naming rights comprados pela OGX.[12] Com menos dinheiro em caixa, o clube acabou atrasando salários e perdendo o central Maurício Souza para o voleibol turco e o capitão Bruninho para o italiano Modena.[13] O ponteiro Thiago Sens também abandonou o time para jogar no Al Jazira Club de Abu Dhabi.[14] O RJ Vôlei planeja entrar na justiça contra a OBX pela empresa ter abandonado o projeto sem aviso prévio.[15] Em fevereiro de 2014 o RJ Vôlei tinha apenas dez jogadores, com uma tentativa de contratar novos nomes sendo vetada pelas outras equipes,[16]
e o central Rodrigão abandonando em prol de um time do Irã por um mês.[17]
Apesar das dificuldades o RJ Vôlei conseguiu se classificar para a segunda fase da Superliga ao terminar em quinto lugar. Nas quartas de final, o clube foi eliminado pelo Minas em dois jogos.[18] Salles havia renovado contrato com Furnas, buscando parceiros para manter a equipe financialmente viável.[19][20] Porém em junho o técnico Marcelo Fronckowiak deixou a equipe para treinar um clube russo,[21] e no mês seguinte a equipe não constava mais entre os participantes da Superliga.[22]