Artur Ravara (originalmente conhecido como Arthur Ravara) (Aveiro, 1848 - Lisboa, 25 de Dezembro de 1893) foi um cirurgião português. Foi considerado um dos melhores cirurgiões em Portugal, na sua época.[1]
Biografia
Nascimento e educação
Artur Ravara nasceu em 1848, na cidade de Aveiro.[2] Era familiar de Luciano Pinto Ravara, que também se destacou na área da medicina.[2]
Fez os estudos secundários, e depois frequentou a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.[2] Foi discípulo do médico e professor António Maria Barbosa.[1]
Carreira profissional
Artur Ravara especializou-se na oftalmologia, tendo sido provavelmente o primeiro médico em Portugal a fazer uma cirurgia às cataratas.[2] Também se dedicou à ginecologia e obstetrícia, tendo feito a primeira ooforectomia em território nacional.[2] Foi médico da corte portuguesa, tendo assistido no parto do príncipe D. Carlos, motivo pelo qual foi condecorado com a Ordem de Santiago.[2]
Também foi assistente do médico Sousa Martins.[2] Fez parte de várias instituições científicas no estrangeiro, de forma a conhecer os progressos mais recentes da medicina.[2] Exerceu como regente durante o primeiro curso para enfermeiros em Portugal, realizado em 1886 no Hospital de São José.[2]
Exerceu clínica em Aveiro até cerca de 1878, quando se estabeleceu em Lisboa.[1]
Falecimento e família
Já alguns anos antes do seu falecimento, tinha começado a sentir os primeiros sintomas de um aneurisma.[1] Faleceu subitamente por volta do meio-dia, no dia 25 de Dezembro de 1893, quando se estava a preparar para fazer uma difícil operação no Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.[1]
Segundo a sua vontade, foi levado para Aveiro, onde ficou na capela da sua casa.[1] No cortejo fúnebre até à estação ferroviária participou um grande número de amigos de Artur Navarra, enquanto que em Aveiro foi declarado dia de luto.[1]
Na altura da sua morte, estava casado e tinha vários filhos.[1]
Homenagens
O nome de Artur Ravara foi colocado numa avenida da cidade de Aveiro, e numa escola de enfermagem em Lisboa.[2] Em sua homenagem, o Museu de Aveiro tem um estojo forrado a veludo, com vários instrumentos de medicina.[2] Foi condecorado com o grau de Comendador na Ordem de Santiago.[2]
Referências
Bibliografia
- MARREIROS, Glória (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8