Arranjo em Cinza e Preto nº1 ou Retrato da mãe do artista (original: Arrangement in Grey and Black No. 1 ou Portrait of the Artist's Mother),[1] famoso sob o seu nome coloquial a Mãe de Whistler (original: Whistler's Mother) de 1871 é uma pintura de óleo sobre tela, do pintor americano James McNeill Whistler. A pintura é 56,81 por 63,94 polegadas (144,3 x 162,4 centímetros), dispostas numa armação do próprio projeto de Whistler, e agora é propriedade do Musée d'Orsay, em Paris apesar de ocasionalmente fazer turnês mundiais. A pintura é um ícone da arte americana, apesar de raramente aparecer nos Estados Unidos. Esta pintura foi também tema central na trama do filme de 1997 com Rowan Atkinson.
História
Anna McNeill Whistler posou para a pintura, enquanto vivia em Londres com seu filho. Várias histórias inverificáveis cercam a realização da pintura em si: uma é que Anna Whistler teria substituido outro modelo que não poderia fazer a nomeação. Outra é que Whistler originalmente tinha previsto a pintura do modelo em pé, mas seria muito desconfortável colocar a mãe de pé por um período muito prolongado.
O trabalho foi apresentado na 104ª Exposição da Royal Academy of Art em Londres (1872), mas obteve rejeição por parte da Academia. Este episódio agravou o fosso entre Whistler e do mundo da arte britânica e seria a última pintura que apresentaria para aprovação da Academia.
As sensibilidades das audiências da era Vitoriana não aceitaria o que aparentemente seria um retrato a ser exibido como um "arranjo" simples, de modo que o explicativo título "Retrato de mãe do artista" foi acrescentado posteriormente. Foi a partir daqui que o trabalho adquiriu seu nome popular.
Depois de Thomas Carlyle ter visto a pintura, ele concordou em sentar-se por uma composição semelhante, sendo esta intitulada "Arranjo em Cinza e preto, n º 2".
A pintura foi adquirida em 1891 pelo Museu de Paris du Luxembourg e Whistler escreveu sobre o assunto:
"Basta pensar - para ir e olhar para a nossa própria imagem nas paredes do Luxemburgo - lembrando como tinha sido tratada em Inglaterra - a serem cumpridas em todos os lugares com deferência e respeito … e saber que tudo isso é um … tremenda tabefe na cara da Academia e do resto! Realmente é como um sonho."[2]
Simbolismo
Qualquer que seja o nível de afeto que Whistler sentia por sua própria mãe, encontrou-se um uso ainda mais divergente da imagem na era vitoriana e, posteriormente, especialmente nos Estados Unidos, como um ícone para a maternidade, afeição para os pais e "valores familiares" em geral. Por exemplo, em 1934 os correios dos EUA emitiram um carimbo com a imagem estilizada da pintura, acompanhada do slogan "em memória e em honra das Mães da América".
Mais tarde, a interpretação do público sobre o simbolismo da pintura foi ainda mais longe, e ela apareceu em uma infinidade de propagandas comerciais e paródias, como imagens manipuladas sobre o tema 'assistir televisão', entre muitos outros.
Bibliografia
- Whistler’s Mother: An American Icon editado por Margaret F. MacDonald. ISBN 978-0853318569. (em inglês)
- Weintraub, Stanley. 2001. Whistler: a biography (New York: Da Capo Press). ISBN 9780306809712 (em inglês)
Referências
Ligações externas