Argentina e as armas de destruição em massa

Argentina tem uma história com o desenvolvimento de armas de destruição em massa. De acordo com o Processo de Reorganização Nacional, Argentina iniciou um programa de armas nucleares no início de 1980, e foi extinta quando a democracia foi restaurada em 1983.

Sistema de mísseis

Durante a década de 80, foram desenvolvidos os dois mísseis Alacrán e Cóndor 2. O Cóndor 2, com um alcance de cerca de 1.000 km, teria sido desfeito durante a administração de Menem sob pressão do governo dos Estados Unidos. O estado atual do Alacrán permanece desconhecido.

Armas químicas

Armas de destruição em massa da Argentinas

Argentina aderiu ao Protocolo de Genebra em 12 de maio de 1969, tem sido ativo nos esforços de não proliferação, ratificou a Convenção sobre as Armas Biológicas em 1979 e da Convenção de Armas Químicas em 2 de outubro de 1995.

Em setembro de 1991, a Argentina, juntamente com o Brasil e o Chile, assinaram a Declaração de Mendoza, o que compromete os signatários a não usar, desenvolver, produzir, adquirir, estoque, ou de transferência direta ou indiretamente, de armas químicas ou biológicas.

Armas nucleares

Argentina realizou um programa de pesquisa de armas nucleares durante o regime do Processo de Reorganização Nacional. Oficiais do governo no momento confirmado, em novembro de 1983, que a pesquisa realizada em reator de pesquisa do Instituto Balseiro tinha rendido a capacidade de enriquecimento de urânio para armas.[1] O programa foi abandonado, no entanto, logo após o retorno da democracia, em 10 de dezembro de 1983. Em 1991, os parlamentos da Argentina e do Brasil ratificaram um acordo bilateral de inspeção que criaram a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) para verificar as promessas de ambos os países para usar a energia nuclear apenas para fins pacíficos. Em 10 de fevereiro de 1995, a Argentina aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear como um Estado sem armas nucleares. Argentina continua a usar a energia nuclear em funções não militares, e é conhecido como um exportador de tecnologia nuclear de uso civil.

Em 2010, o governo anunciou que iria começar a trabalhar na criação de um submarino nuclear.[2] Esses tipos de submarinos só usam energia atômica para a propulsão. O anúncio foi muito criticado por políticos dos partidos de oposição.[3]

De acordo com os três decretos presidenciais de 1960, 1962 e 1963, a Argentina forneceu cerca de 90 toneladas de yellowcake (óxido de urânio) para Israel para abastecer o reator de Dimona, criando o material físsil para primeiras armas nucleares de Israel.[4]

Referências

  1. National Geographic. agosto de 1986. p.243.
  2. Promete Garré que se construirá un submarino nuclear en el país (em castelhano)
  3. La oposición, entre las duras críticas y la ironía (em castelhano)
  4. «The Israel-Argentina Yellowcake Connection». National Security Archive. George Washington University. 25 de junho de 2013. Consultado em 2 de novembro de 2013 

Fontes

Ligações externas