Considerado o primeiro arquiteto japonês a desenvolver seu trabalho em uma escala verdadeiramente global, era discípulo de Kenzo Tange. Recebeu a medalha de ouro do RIBA em 1986 e o Prêmio Pritzker em 2019, tendo mais de 100 obras construídas, em praticamente todos os continentes.[2]
Biografia
Isozaki nasceu em Oita, na ilha de Kyushu, em 1931, crescendo em um Japão pós-Segunda Guerra Mundial. O bombardeio nuclear de Hiroshima e Nagasaki foi um evento determinante para a escolha de sua carreira.[3]
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Não havia arquitetura, nem edifícios e nem mesmo uma cidade. Apenas quartéis e abrigos me cercavam. Então, minha primeira experiência em arquitetura foi o vazio da arquitetura, e comecei a considerar como as pessoas poderiam reconstruir suas casas e cidades.[3]
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Era o filho mais velho de Moji Isozaki, empresário e poeta haicai, e de Aiko Miyawaki, uma escultora. Após terminar o colegial, seu pai, Moji, mudou-se para a China, onde se formou em Toa Doubun Shoin, voltando ao Japão, onde assumiu o negócio de arroz e transporte marítimo da família, fundando a Oita Godo Truck em 1924, do qual foi presidente após a guerra. Em 1945, sua mãe morreu em um acidente de trânsito.[2]
Estudou na Oita Uenogaoka High School e em 1954 formou-se em arquitetura e engenharia pela Universidade de Tóquio. Logo entrou no doutorado pela mesma universidade. Trabalhou com o também arquiteto Kenzo Tange antes de abrir seu próprio escritório de arquitetura em 1963.[2]
Seus primeiros projetos foram influenciados pelas experiências europeias com um estilo misto que variava entre o novo brutalismo e metabolismo. Seu estilo continuou a evoluir para um estilo próprio, mais próximo do estilo modernista como a Art Tower de Mito (1986–90) e a Biblioteca Central de Kitakyushu (1973–74).[2]
Em 1985, ele criou o interior do clube New York City's Palladium, seu primeiro projeto internacional.[4] Seu segundo projeto internacional, que elevou seu nome fora do Japão, foi o projeto do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA), terminado em 1986.[2]
Em 2005, Isozaki abriu uma filial de seu escritório na Itália, o Arata Isozaki & Andrea Maffei Associates. Dois grandes projetos saíram deste escritório: a nova biblioteca municipal de Maranello e Allianz Tower, em Milão.[5]
Apesar de projetar edifícios dentro e fora do Japão, Isozaki às vezes era descrito como um arquiteto que se recusava a ficar preso a um estilo arquitetônico, destacando "como cada um de seus projetos é uma solução específica nascida do contexto do projeto".[6]
Por seu trabalho inovador, Isozaki foi premiado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura em 2019.[1][3]