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A origem da antropometria remonta-se à Antiguidade, pois egípcios e gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo. O reconhecimento dos biótipos remonta-se aos tempos bíblicos e o nome de muitas unidades de medida, utilizadas hoje em dia são derivados de segmentos do corpo.[1]
A importância das medidas ganhou especial interesse na década de 40 provocada de um lado pela necessidade da produção em massa, pois um produto mal dimensionado pode provocar a elevação dos custos e por outro lado, devido ao surgimento dos sistemas de trabalho complexos onde o desempenho humano é crítico e o desenvolvimento desses sistemas dependem das dimensões antropométricas dos seus operadores.[1]
Medidas diretas e relações
A partir de medições diretas, podem ser gerados índices.[1]
Índice cintura quadril
Relaciona a circunferência abdominal com o perímetro do quadril. É um indicativo indireto da quantidade de gordura visceral, a gordura que envolve os órgãos intra-abdominais. A quantidade de gordura visceral está relacionada com um risco crescente de Aterosclerose e suas consequências, como o infarto agudo do miocárdio e o derrame cerebral.[1]
Correlaciona peso e altura e é um indicativo de desnutrição, peso ideal ou obesidade, porém em atletas não é recomendado, deve-se fazer uma avaliação física com um profissional da educação física.[1]
Aplicações
As medidas antropométricas são fundamentais no acompanhamento do desenvolvimento infantil, área coberta pela Puericultura, ramo da Pediatria. A Ortopedia utiliza técnicas antropométricas várias no diagnóstico e tratamento de doenças desta área e nas fraturas. Qualquer doença que mude a forma ou o tamanho do organismo como um todo ou parte dele tem como parte do seu manejo o uso da Antropometria.[1]
Já na África do Sul, dados antropométricos foram utilizados para fomentar o apartheid, ao definir, por meio de características físicas externas — tipo e cor dos cabelos, cor da pele e dos olhos, formato das feições, entre outras —, quem era ou não caucasiano. À época era comum o teste do lápis, o qual era utilizado para definir se um Coloured (mestiço) seria classificado como branco ou negro.[2]
Referências
↑ abcdefgCiro Romelio Rodriguez Añez (2001). «Antropometria e ergonomia»(PDF). Revista Ergon, UFSC. Consultado em 12 de junho de 2013. Arquivado do original(PDF) em 16 de dezembro de 2011
Redman, Samuel (2016). Bone Rooms: From Scientific Racism to Human Prehistory in Museums (em inglês). Cambridge: Harvard University Press. ISBN9780674660410