Antoniana Ursine Krettli (Araçuaí, 23 de setembro de 1943) é uma bioquímica, pesquisadora e professora universitária brasileira.
Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico[2], membro titular da Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Biomédicas desde 1996, é professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora da Fiocruz Minas.[3]
Antoniana foi a primeira presidente mulher da Sociedade Brasileira de Imunologia, em 1987 e primeira professora mulher titular do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.[4] Sua principal linha de pesquisa é buscar novos medicamentos antimaláricos.[5]
Biografia
Nascida na cidade de Araçuaí, em 1943, Antoniana ingressou no curso de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais em 1962. Em 1969, cursou o mestrado em parasitologia, defendido em 1971. Em 1976, cursou o doutorado na mesma área, ambos pela UFMG. Realizou três estágios de pós-doutorado. Um em 1980, pela Universidade de Lausanne, na Suíça, e pelo Instituto Pasteur, em Paris, e entre 1990 e 1991 pelos Institutos Nacionais da Saúde, nos Estados Unidos. Voltaria às salas de aula como estudante em 1992, para cursar medicina, pela UFMG, onde se formou em 1998.[3]
Já na graduação começou a trabalhar com pesquisa de doenças tropicais e conseguiu uma bolsa de iniciação científica sob a orientação do professor Zigman Brener, autoridade mundial na área de Doença de Chagas, e pesquisador do hoje da Fiocruz Minas. Por seu intermédio, Antoniana começou a pesquisar sobre malária, onde ingressou em 1965. Em 1967 passou em concurso na Faculdade Farmácia da UFMG, atuando na área de Parasitologia. Com a criação do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), em 1968, que agregou professores de outros departamentos da universidade, seguiu carreira docente no Instituto, pesquisando na área de Parasitologia.[4]
Antoniana foi pioneira no cultivo contínuo do Plasmodium falciparum, agente maligno da malária, usado em testes de antimaláricos a partir de plantas da Amazônia, estimulando vários grupos de químicos do país a fracionar extratos de plantas ativas em busca de um novo antimalárico. Na Fiocruz Minas criou, em 1976, o Laboratório de Malária, sendo sua chefe até 2003, onde liderou pesquisas sobre a biologia de parasitas e a quimioterapia experimental antimalária, dentre outras pesquisas de importância.[4]
Referências