A Antiga Confederação Helvética foi a precursora da atual Suíça. A Eidgenossenschaft suíça parou de ser chamada de confederação, uma junção de pequenos estados independentes que existiu entre o século XIII até 1798, quando foi invadida pela República Francesa de Napoleão Bonaparte, transformada na República Helvética, que teve curta duração.
História
O núcleo dessa confederação foi uma aliança entre as comunidades dos vales nos Alpes Centrais para facilitar as gestões de interesses comum, tais como o comércio livre e assegurar a paz ao longo das importantes rotas comerciais através das montanhas. A Carta Federal de 1291 entre os municípios rurais de Uri, Schwyz e Unterwalden é tradicionalmente considerado o documento de fundação da confederação, embora algumas alianças similares já tivessem existido algumas décadas antes.
Crescimento da confederação
Este pacto inicial foi progressivamente aumentando com a adesão das cidades de Lucerna, Zurique e Berna. Estas raras uniões entre comunas urbanas e rurais, que tinham status de vassalos do Sacro Império Romano-Germânico, ocasionou pressões dos duques e reis Habsburgos, que já tinham dominado aquelas regiões anteriormente. Em várias batalhas contra os exércitos dos Habsburgos, os Suíços permaneceram vitoriosos e até conquistaram áreas rurais de Glarus e Zug, que se tornaram membros independentes da confederação.[1]
De 1353 até 1481, essa federação de oito cantões, conhecida em alemão como Acht Orte (Oito lugares), consolidou sua posição. Os membros individuais, especialmente as cidades, expandiram seus territórios até a divisa dos condados dos vizinhos, sobretudo através da compra dos direitos judiciais, porém algumas vezes pela força. O Eidgenossenschaft foi como um todo expandido pela conquista militar. O Aargau foi conquistado 1415, o Thurgau em 1460. Em ambos, os Suíços se beneficiaram de uma fraqueza dos duques Habsburgos. No sul, Uri fez uma expansão territorial que após muitos contratempos levou em 1515 à conquista do Ticino. Nenhum desses territórios se tornou membro da confederação, no entanto eles ganharam o título de condominiums, regiões normalmente administradas por vários cantões.
Ao mesmo tempo, os oito cantões aumentaram gradualmente a sua influência nas cidades vizinhas e outras regiões através de alianças. Vários cantões individuais (não o Eidgenossenschaft como um todo) concluíram pactos com Friburgo, Appenzell, Schaffhausen, a abadia da cidade de St.Gallen, Biel, Rottweil, Mulhouse, e outros. Estes aliados, chamados de Zugewandte Orte, tornaram-se estreitamente associados à aliança, mas não foram aceitos como membros de pleno direito.
As Guerras da Borgonha permitiram um novo alargamento da união com novos membros. Friburgo e Solothurn foram aceitos em uma aliança em 1481. Na Guerra dos Suabos contra o imperador Maximiliano I, os Suíços novamente saíram vitoriosos e foram isentos da legislação imperial. As anteriormente associadas cidades de Basel e Schaffhausen se juntaram a confederação como resultado direto do conflito. Appenzell entrou em 1513 como o décimo-terceiro membro. Esta federação de treze cantões (Dreizehn Orte) constituiu a antiga confederação suíça até a invasão francesa em 1798.
A expansão da aliança militar foi interrompida com a derrota dos Suíços na batalha de Marignano em 1515. Apenas Berna e Friburgo ainda foram capazes de conquistar o Vaud em 1536, o qual se tornou parte do cantão de Berna, com apenas uma pequena parte sobre jurisdição do Cantão de Friburgo.
Referências
- ↑ Schwabe & Co.: Geschichte der Schweiz und der Schweizer, Schwabe & Co 1986/2004. ISBN 3-7965-2067-7 (Alemão)