Annus horribilis é uma frase proveniente do latim que, em sua tradução mais comumente usada, significa "ano horrível"; o dicionário de Cambridge define a frase como sendo "um ano de eventos extremamente ruins". Visto sob uma perspectiva histórica, a frase annus horribilis foi utilizada pela primeira vez em 1891 em uma publicação anglicana para descrever 1870, o ano em que a Igreja Católica Romana definiu o dogma da Infalibilidade papal.[1][2][3][4][5][6]
O ano de 2017 é considerado o annus horribilis do Brasil, quando se foi registrado um número recorde de casos de mortes violentas, com um acréscimo de 50% na média nacional causado por uma crise política, trabalhista e econômica e pela péssima situação da segurança interna durante o Governo Temer,[parcial][opinião] resultando em um aumento significativo do número de assassinatos e de outros crimes, chegando ao nível de policiais militares sofrerem com a violência urbana.[7] Apenas nesse ano, o Brasil alcançou a caótica marca de 63.880 homicídios, ou seja, 175 pessoas assassinadas por dia,[8] e uma taxa de 31.6 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo.[9][10]
O ano de 2020 também foi amplamente apontado como um annus horribilis para todo o mundo, principalmente devido aos agravos desencadeados pela pandemia do COVID-19, que começou no final de 2019 e se espalhou rapidamente pelo mundo no início de 2020.[11][12][13][14]
Ver também
Referências
- ↑ Lerche Vieira, Sofia. «"Annus horribilis" | Opinião». www20.opovo.com.br. OPOVO. Consultado em 12 de maio de 2021
- ↑ London Quarterly and Holborn Review. 75. EUA: E.C. Barton. 1891
- ↑ «Annus horribilis». dictionary.cambridge.org (em inglês). Cambridge Dictionary. Consultado em 12 de maio de 2021
- ↑ «Transcrição Fonética». Michaelis On-Line. Consultado em 12 de maio de 2021
- ↑ «Annus horribilis speech, 24 November 1992». Site Oficial da Monarquia Britânica (em inglês). Consultado em 12 de maio de 2020
- ↑ Tom Corby (28 de novembro de 2006). «Sir Edward Ford». The Guardian (em inglês). Guardian Media Group. Consultado em 12 de maio de 2020
- ↑ «Após 2017 com 134 assassinados, PM é baleado no Rio». UOL Notícias. 3 de Janeiro de 2018. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018
- ↑ Acayaba, Cíntia; Paiva Paulo, Paula (9 de agosto de 2018). «Brasil bate novo recorde e tem maior nº de assassinatos da história com 7 mortes por hora em 2017; estupros aumentam 8%». Globo. Consultado em 21 de março de 2021. Cópia arquivada em 9 de agosto de 2018
- ↑ «Atlas da Violência» (PDF). 2018
- ↑ «Homicide rate in Brazil from 2006 to 2018» (em inglês). Statista. Consultado em 21 de março de 2021
- ↑ Walsh, Bryan. «The coronavirus outbreak stands to fundamentally change the world». Axios. Consultado em 16 de março de 2020
- ↑ «Entenda os impactos do avanço do coronavírus na economia global e brasileira». G1. Globo.com. Consultado em 7 de março de 2020
- ↑ Lora Jones, David Brown e Daniele Palumbo (7 de março de 2020). «Coronavírus: Oito gráficos que mostram o impacto da covid-19 sobre a economia mundial». BBC. Consultado em 7 de março de 2020
- ↑ Beatriz Schmidt (18 de maio de 2020). «Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19)». Estud. psicol. (Campinas). 37. ISSN 1982-0275. doi:10.1590/1982-0275202037e200063.
Sintomas de depressão, ansiedade e estresse diante da pandemia têm sido identificados na população geral e, em particular, nos profissionais da saúde