Anne Caufriez nasceu no dia 22 de Maio de 1945, na Bélgica, em La Bouverie, vindo na morrer na capital belga em 2024. [2]
Em 1967, Anne Caufriez vem de férias a Portugal e permanece até 1970, durante este período regressa várias a França para ir buscar livros proibidos pelo Estado Novo que depois distribui. Ao longo destes três anos, percorre o país e descobre as polifonias cantadas pelas mulheres enquanto trabalham no campo e os cantares dos pescadores algarvios. [3]
Trabalhava no CNRS, no laboratório de etnomusicologia, quando em 1987 decidiu aprofundar a sua investigação sobre a música portuguesa, continuando a estudar não só a música mirandesa, como as polifonias do Soajo, a música tradicional da Madeira, a influência judaica na música transmontana, entre outras. [3][5][6]
Foi nomeada directora do departamento de investigação e conservação do Museu dos instrumentos de Bruxelas em 1974. Em 1978, representou a Bélgica na conferência organizada pela UNESCO sobre a salvaguarda do folclore. [7]
Presidiu a Sociedade Europeia de Etnomusicologia. [2]
Obras
É autora de vários livros e artigos sobre etnomusicologia: [8][7]
Livros
1981 - La Perenité du Romancero dans la Musique Paysanne du Trás-os-Montes (Portugal), 2 vols., Paris, EHESS[9]
1997 - Le Chant du Pain. Trás-os-Montes, editado pela Fundação Calouste Gulbenkian / Centro Cultural Calouste Gulbenkian de Paris, ISBN: 972-8462-01-8 [10][11][12]
1998 - Romances du Trás-os-Montes. Mélodies et Poésies, editado pelo Centro Cultural Calouste Gulbenkian de Paris [13][9]
2000 - Quelques aspects de la musique vocale mirandaise, editora Granito [14]
Artigos
1979 - Le Romance chanté au Trás-os-Monte, in Colóquio Artes, XLIII [9][10]
1986 - Recensão: Recolhas musicais da Tradição Oral Portuguesa, in Yearbook for Traditional Music [10]