Foi o diretor artístico da Casa Aloys, e ali trabalhou até seu fechamento em 1962. Também forneceu obras para os atelies dos Irmãos De Angeli e dos Irmãos Piatelli. Depois de 1962 trabalhou na firma Leonardi & Cia.[2] Aproximando-se do ideário anarquista, preferia não assinar suas obras por considerar-se um operário e não um artista.[3]
Deixou várias esculturas no cemitério da Santa Casa de Misericórdia, nos jazigos da família Coelho de Souza, de Timóteo da Rosa, da família Chaves Barcellos, do general Manuel do Nascimento Vargas e de Caldas Júnior. As obras nos jazigos de Caldas Júnior e do general Vargas lhe trouxeram grande notoriedade.[1] Foram identificadas recentemente com a ajuda do filho do escultor, Mário Arjonas, quando foram estudadas por uma equipe de pesquisadores da PUCRS, coordenados pelo professor Harry Bellomo.[2]
Foi ainda fundador de uma aula de desenho para operários e um dos fundadores da sociedade carnavalesca Tenentes do Diabo, onde atuou como cenógrafo e diretor artístico. Seus carros alegóricos faziam grande sucesso. Borges de Medeiros distinguiu-o com a patente de capitão da Guarda Nacional. Faleceu em Porto Alegre em 1970, deixando descendência.[2] Seu nome batiza uma rua em Porto Alegre.
↑ ab Doberstein, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo. EDIPUCRS, 2002, pp. 59-63
↑ abcdeBellomo, Harry Rodrigues. "A produção da estatuária funerária no Rio Grande do Sul". In: Bellomo, Harry Rodrigues (org.). Cemitérios do Rio Grande do Sul: arte, sociedade, ideologia. EdiPUCRS, 2008, 2ª ed. revista e ampliada, pp. 23-34
↑Bilhão, Isabel. Identidade e trabalho: Uma história do operariado Porto-alegrense (1898-1920). Londrina, Eduel, 2008, p. 45
↑Corona, Fernando. "50 Anos de Formas Plásticas e seus Autores". In: Becker, Klaus (org). Enciclopédia Rio-Grandense. Editora Regional, vol. 3, 1957, pp. 217-270