Amanda Gurgel de Freitas (Natal, 1 de agosto de 1981)[1] é uma professora, militante trotskista e política brasileira filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).[2]
Biografia
Professora do ensino médio de Natal, é graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e especialista em Educação de Jovens e Adultos pela mesma instituição. Ainda na Universidade, em 2001, ingressou no Movimento estudantil, se tornando diretora de seu DCE.[3]
Durante seu ativismo universitário, Amanda era próxima politicamente do Partido dos Trabalhadores (PT). Ao passar a militar como sindicalista, entretanto, se afastou desse partido ao criticar sua atuação no Sindicato de Professores de Natal, e se aproximou do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), da qual se tornou militante em 2010.[4]
Em 2011, por conta de uma atividade de sua militância, participou de um audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Seu depoimento sobre a precariedade do ensino público no Estado e sua experiência difícil como professora de língua portuguesa causou grande repercussão nas mídias sociais,[5] o que fez, por exemplo, com que ela fosse convidada a participar do programa Domingão do Faustão, da Rede Globo, em maio de 2011.[6]
Desde 2019, é mestranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.[7]
Carreira política
Concorreu ao cargo de vereadora de Natal na eleição municipal de 2012 pelo PSTU, seu partido na época. Elegeu-se como a vereadora mais votada na história da cidade, com 32.819 votos.[5]
Atuou em defesa do processo de impeachment da então governadora Rosalba Ciarlini (DEM)[8], assinando o pedido junto a outros representantes dos movimentos sociais e trabalhadores, e como uma das principais opositoras do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) devido às suas políticas de educação, saúde pública, mobilidade urbana e assistência social.[9]. Foi autora de projetos de lei como o "Cuscuz Alegado", que regulariza o acesso à merenda escolar pelos professores e técnicos de escolas municipais, o Passe Livre Estudantil em Natal e o PL 13/2015 que estabelece a remuneração do prefeito, do vice-prefeito e do vereador equivalente ao dobro do piso salarial nacional para professores da rede de ensino básico.[10]
Tentou a reeleição no pleito de 2016, porém não conseguiu repetir o fenômeno eleitoral. Apesar de ter obtido 8.002 votos (aproximadamente 25% de sua primeira votação) e ter sido a segunda colocada, não conseguiu ser eleita em razão de seu partido não ter realizado nenhuma coligação e não ter alcançado o quociente eleitoral necessário.[11] Sendo assim, Amanda retornou à sala de aula, reassumindo a função de professora, da qual havia se licenciado durante o mandato.
Após romper com o PSTU, em julho de 2016, junto com outros militantes se organizaram no Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS). No final de julho de 2017, o MAIS aprovou seu ingresso no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), como corrente interna do partido. Assim, Amanda se filia a legenda como pré-candidata a deputada nas eleições de 2018, porém decidiu não candidatar-se em 2018, e nem em 2020, para qualquer cargo público. [12]
Referências