Amade ibne Riduão (em árabe: أحمد بن رضوان; romaniz.: Ahmad ibn Ridwan; m. 1607), mais conhecido como Amade Paxá, foi o governador do eialete de Damasco no início do século XVII. Antes disso, foi governador do sanjaco de Gaza, uma subprovíncia de Damasco, por quase 30 anos.
Vida
Governador de Gaza
Amade era filho de Riduão Paxá que fundou a dinastia de Riduão que governou o sul da Palestina por quase dois séculos. Adquiriu o governo do sanjaco de Gaza em 1585 após a morte de Riduão na Anatólia e escolheu Gaza para ser o centro da dinastia. Continuou seu governo relativamente autônomo do distrito – que às vezes incluía Jerusalém e Nablus no centro da Palestina – até 1605. Durante este período, também recebeu o prestigioso papel de emir alhaje pelo Império Otomano.[1] O biógrafo árabe Maomé Almuibi descreveu-o como um homem "corajoso" e "brilhante" com uma grande compreensão da história e da ciência. Poetas da época escreveram canções elogiando seu conhecimento. Durante seu governo como governador de Gaza, a cidade se tornou um centro cultural regional. Seu significado religioso foi impulsionado pelas atividades acadêmicas de Amade na teologia islâmica e pela influência de seu amigo e conselheiro Cairadim Arranli, um importante jurista islâmico na região com quem amigou em 1603.[2]
Governador de Damasco
Ao contrário de seu pai, teve que fazer lobby para o cargo de beilerbei ("governador provincial") do eialete de Damasco. De acordo com o historiador árabe Rifaate Abu Alhaje, teve que enviar presentes e grandes somas de dinheiro para "incontáveis vizires e burocratas" na capital otomana Istambul antes de ser premiado com a província em 1601.[1] Durante seu governo, Ahmad Pasha tornou-se um patrono de juristas muçulmanos e é conhecido por ter consultado regularmente os 'ulemás, estudiosos muçulmanos de alto escalão, sobre assuntos provinciais.[2] Abu Alhaje escreveu que, quando Amade ganhou o governo de Damasco, havia envelhecido. Morreu, enquanto ainda no poder, em 1607.[1] Após sua morte, seu filho Haçane Árabe Paxá herdou o governo de Gaza e participou da repressão da revolta de Facradim II no moderno Líbano.[2]
Referências
Bibliografia
- Fay, Mary Ann (2002). «Biography as History: The Exemplary Life of Khayr al-Din al-Ramli». In: Fay, Mary Ann. Autobiography and the construction of identity and community in the Middle East. Londres: Palgrave Macmillan. ISBN 978-0-312-21966-6
- Ze'evi, Dror (1996). An Ottoman Century: The District of Jerusalem in the 1600s. Nova Iorque: Imprensa da Universidade Estadual de Nova Iorque. ISBN 0-7914-2915-6