Aloídas

Titãs e gigantes, incluindo Efialtes à esquerda, na ilustração de Gustave Doré para a Divina Comédia de Dante Aligheri.

Na mitologia grega, os Aloídas (ou Aloíades) eram dois irmãos gêmeos, Oto e Efialtes, gigantes filhos de Poseidon e Ifimedia, esposa de Aloeu (em outra versão eram filhos de Oceano e Tétis). Embora considerados gigantes, são posteriores aos filhos de Gaia e não têm nenhuma relação com eles. Segundo a descrição de Homero, distinguiam-se por uma grande beleza.

Conta a lenda que Ifimedia, apaixonada por Poseidon, costumava passear à beira do mar, pegando água das ondas em suas mãos e derramando-a em seu peito. Posídon acabou cedendo ao seu amor e lhe deu dois filhos, Oto e Efialtes. Como seu esposo se chamava Aloeu, seus filhos passaram a ser conhecidos como Aloídas.

Eram gigantes fortes e agressivos, com um crescimento extraordinário: cada ano, cresciam cerca de 50 cm em largura e cerca de 150 cm em altura. Aos nove anos, com 13 metros de altura e 4,5 de largura, decidiram fazer guerra aos deuses.

Para isso, colocaram o monte Ossa sobre o monte Olimpo, e o monte Pelion em cima dos outros dois, ameaçando escalar o céu. Depois anunciaram que lançariam as montanhas sobre o mar para secá-lo, e colocariam o mar onde, até então, era a terra.

Aprisionaram Ares num vaso de bronze e o deixaram assim treze meses até que Hermes conseguisse libertá-lo, num estado de esgotamento extremo. Puseram-se em seguida a fazer a corte às deusas. Oto queria raptar Hera, enquanto Efialtes perseguia Ártemis.

Todas essas façanhas exageradas acabaram atraindo para os dois irmãos o castigo dos deuses. Ártemis, seguindo conselho de seu irmão Apolo, conseguiu enganar os gigantes, transformando-se em corça e saltando entre eles. Na ânsia de caçar o esplêndido animal, atiraram suas lanças um contra o outro, matando-se. Segundo outra versão, foram eliminados por Apolo, quando este descobriu o plano deles.

Outra versão, ainda, diz que foram fulminados por Zeus e precipitados nos Infernos, conhecendo um suplício sem fim. Amarrados a uma coluna cercada por serpentes, são torturados perpetuamente por uma coruja que grita sem parar, há ainda outra versão onde foram aprisionados no Tátaro onde ficariam aprisionados por toda a eternidade por castigo de Zeus.[1]

Árvore genealógica baseada em Pseudo-Apolodoro, com filha de Aloeu baseada em Diodoro Sículo (linhas pontilhadas):

Éolo
Enarete
Posidão
Cânace
Triopas
Aloeu
Ifimedia
Oto
Efialtes
Pancratis

Referências

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