Almirantíssimo, é uma patente informal para a designação a mais alta patente de oficial general de força naval.[1] Não corresponde a nenhuma patente em particular, o superlativo é derivado da palavra Almirante, e provavelmente foi criada pelos italianos.
No Brasil
Para comandar a recém-criada Armada Imperial Brasileira foi escolhido o experiente Lorde Thomas Alexander Cochrane, britânico de nascimento, nomeado em 21 de março de 1823 para o cargo de Primeiro-Almirante, posto que pode ser comparável a patente de Almirantíssimo.[2] Cochrane, após ter libertado um terço do território brasileiro, recebeu do imperador D. Pedro I em pessoa a condecoração da Ordem do Cruzeiro do Sul e o título nobiliárquico de marquês do Maranhão.[3]
Em 4 de março de 1891, em resposta a criação da patente de Generalíssimo de Terra e Mar, pelo Presidente Deodoro da Fonseca, o jornal Diário Oficial publica a nomeação do Vice-AlmiranteEduardo Wandenkolk na qual afirma: É um cargo novo, que não existe na força armada, e que naturalmente ha de ser muito bem remunerado; mas para tão alto e sympathico personagem nada é demais. Si temos um generalíssimo, por que não haverá também um almirantíssimo? [sic].[4] Posteriormente alcançou o posto de Almirante, foi ministro da Marinha e nomeado Chefe do Estado-Maior da Marinha do Brasil, em 1900.
Lista de oficiais generais de forças navais referidos como Almirantíssimo
↑MAIA, Prado. A Marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império (2a. ed.). Rio de Janeiro: Cátedra, 1975. p. 58-61.
↑HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira: Declínio e Queda do Império (2a. ed.). São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1974. p. 262-263.
↑Robert K. Massie (1 de setembro de 2013). Castles of Steel: Grã-Bretanha, Alemanha e a conquista da Grande Guerra no Mar . Cabeça de Zeus. p. 70. ISBN 978-1-78185-669-7
↑Dr Robert L Davison (28 de julho de 2013). Os Desafios do Comando: Oficiais do Poder Executivo da Marinha Real, 1880-1919 . Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1-4094-8241-3