Ali Nasir Muhammad Husani (em árabe: علي ناصر محمد الحسني; nascido em 1939) foi por duas vezes presidente do Iêmen do Sul. Ele atuou como Presidente do Conselho Presidencial de 26 de junho de 1978 a 27 de dezembro de 1978. Em abril de 1980, o presidente do Iêmen do Sul, Abdul Fattah Ismail, renunciou e partiu para o exílio. Seu sucessor foi Ali Nasir Muhammad que assumiu uma postura menos intervencionista em direção tanto ao Iêmen do Norte[1] como ao vizinho Omã. Em 13 de janeiro de 1986, uma violenta batalha começou em Adém entre partidários de Ali Nasir e simpatizantes de Ismail que havia retornado. (Ver: Guerra Civil do Iêmen do Sul) Os combates duraram mais de um mês e resultaram em milhares de mortes, na queda de Ali Nasir, e na morte Ismail. Cerca de 60.000 pessoas, incluindo o deposto Ali Nasir, fugiram para o Iêmen do Norte. Ele foi sucedido por Haidar Abu Bakr al-Attas.
Durante a Guerra Civil do Iêmen de 1994, ele pressionou seus partidários para atuar ao lado das forças do governo de Saná e contra a então restabelecida República Democrática do Iêmen, buscando vingança pela sua destituição. A secessão do sul foi reprimida em julho de 1994, após a rendição de baluartes em Adém e Mucala.
O ex-presidente tornou-se uma figura de oposição durante a Revolta Iemenita de 2011, sendo nomeado para um conselho de transição de 17 membros destinado por algumas facções anti-governo a governar o Iêmen durante uma eventual transição do regime autoritário liderado pelo presidente Ali Abdullah Saleh para uma democracia plural. Esse conselho era a principal coalizão de oposição, que também apoiou a remoção de Saleh do poder e uma transição para a democracia.[2]