É o autor da expressão terceiro mundo, que utilizou num artigo para o jornal L´Observateur em 1952.[1]
Biografia
Filho de uma família de proprietários rurais de Roussillon, estudou no Collège Stanislas de Paris antes de ser mobilizado e participar do final da Primeira Guerra Mundial.
Em 1920 estudou na École Polytechnique e entrou no INED. Freqüentava os meios teatrais e jornalísticos, redigia críticas teatrais, palavras cruzadas e pequenos textos para seus colegas de rugby, entre os quais Jacques Tati.
Discípulo de Maurice Halbwachs, adere às teses de Adolphe Landry. Conselheiro do governo Reynaud em 1938. Em 1943, publica Richesse et population, onde prega por uma política de controle da natalidade e contra toda forma de protecionismo corporativo ou sindical. Nomeado diretor do INED em 1945, faz dele um estabelecimento de pesquisa multidisciplinar e atrai brilhantes colaboradores, até 1962, quando se torna diretor da publicação Population & Sociétés,[2] cargo que mantém até 1975.
Num artigo para o jornal "l’Observateur", de 14 de agosto de 1952, foi o primeiro a usar a expressão terceiro mundo, em referência ao terceiro estado do Abade de Sieyes:[3]
Car enfin ce Tiers Monde ignoré, exploité, méprisé
comme le Tiers-État, veut, lui aussi, être quelque chose.
Existe ainda um depoimento seu onde indica que teria utilizado o conceito em 1951, embora não o termo, em uma publicação brasileira não identificada .[4] Sauvy visitou o Brasil em julho de 1951, a convite do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas.[5]
Nas Ciências Econômicas, Sauvy é conhecido por sua Teoria da Diferenciação, que sustenta que a incorporação de um progresso técnico em um setor da atividade econômica, ao automatizar a produção e gerar ganhos de produtividade, gera a transferência de ativos desse setor para outros.
↑Note sur l’origine de l'expression «Tiers Monde» par Alfred Sauvy :
En 1951, j'ai, dans une revue brésilienne, parlé de trois mondes, sans employer toutefois l'expression «Tiers Monde»[1].