Além de sua carreira no cinema, tem desfrutado de uma carreira de sucesso nos palcos, ganhando os Prêmios Tony por Does a Tiger Wear a Necktie? (1969) e The Basic Training of Pavlo Hummel (1977). Fã de longa data de Shakespeare, fez sua estreia na direção com Looking for Richard, um quase-documentário sobre a peça Richard III. Al Pacino recebeu inúmeros prêmios pelo conjunto da obra durante sua vida, incluindo um do American Film Institute. É um ator do método, tendo recebido aulas principalmente de Lee Strasberg e Charles Laughton no Actors Studio, em Nova York.
Início de vida e educação
Al Pacino nasceu em Nova York (East Harlem), filho dos Ítalo-americanos Salvatore Pacino e Rose, que se divorciaram quando tinha dois anos.[1] Sua mãe mudou-se para próximo ao Zoológico do Bronx para morar com seus pais, Kate e James Gerardi, que, por coincidência, tinham vindo de uma cidade na Sicília chamada Corleone.[2] Seu pai que era de San Fratello na Província de Messina, mudou-se para Covina, Califórnia, onde trabalhou como vendedor de seguros e gerente/proprietário de restaurante.[1]
Em seus anos de adolescência "Sonny", como era conhecido pelos amigos, visava se tornar um jogador de Basebol, e também foi apelidado de "O Ator". Al Pacino abandonou muitas aulas, mas não as de inglês. Ele abandonou a escola aos 17 anos. Sua mãe não concordou com a decisão; eles discutiram e ele fugiu de casa. Trabalhou em empregos de baixa remuneração como mensageiro, garçom, zelador e funcionário dos correios, para financiar seus estudos de atuação.[1] Já trabalhou na sala de correspondência da revista Commentary.[3]
Começou a fumar e beber com nove anos de idade, e tornou-se usuário ocasional de maconha aos treze, mas nunca usou drogas pesadas.[4] Seus dois melhores amigos morreram devido o abuso de drogas com 19 e 30 anos.[5] Crescendo no Bronx, se envolvia em brigas ocasionais e foi considerado como um causador de problemas na escola.[6]
Atuou em peças teatrais de garagem de Nova Iorque, mas foi rejeitado pelas Actors Studio, quando adolescente. Al Pacino, em seguida, se juntou ao Herbert Berghof Studio (HB Studio), onde conheceu o professor de atuação Charlie Laughton (não confundir com o ator britânico Charles Laughton), que se tornou seu mentor e melhor amigo. Nesse período, ficou muitas vezes desempregado e sem-teto, e às vezes dormia na rua, nos cinemas, ou na casa de amigos.[2][7]
Em 1962, sua mãe morreu com 43 anos de idade. No ano seguinte, seu avô James Gerardi, uma das pessoas mais influentes em sua vida, também faleceu.[1]
Carreira nos palcos
Nos fins da década de 1960 estudou sob a supervisão de Lee Strasberg, descobrindo com isso a terapia para uma juventude deprimida e pobre, em que mal tinha dinheiro para apanhar o transporte para as audições. O seu talento falou mais alto, tendo ganho um Obie Award pela sua interpretação em palco de The Indian Wants the Bronx e um Tony Award por Does the Tiger Wear a Necktie?. O seu primeiro trabalho no grande ecrã foi “Me Natalie” em 1969, mas seria em 1971 com o seu trabalho The Panic in Needle Park que o seu talento viria ao de cima, tendo ganho a atenção do realizadorFrancis Ford Coppola.
Pacino continuou fazendo teatro e começou a sua carreira como realizador, e embora o seu primeiro filme (The Local Stigmatic) continue por editar, os seus outros dois trabalhos (Looking for Richard e Chinese Coffee) foram bastante aclamados.
Carreira cinematográfica
Ascensão
A sua ascensão meteórica surgiu após ter desempenhado o papel de Michael Corleone no filme clássico sobre a máfia de Francis Ford Coppola, The Godfather de 1972. Embora muitos actores consagrados pretendessem este papel, Coppola escolheu o então relativamente desconhecido Pacino para o desempenhar. A sua actuação rendeu-lhe uma nomeação para o Óscar de melhor ator (coadjuvante/secundário) e até aos finais da década de 1970 conseguiu ainda mais quatro nomeações, todas elas para melhor actor, incluindo a actuação da continuação de Godfather, The Godfather: Part II em 1974.
Apesar de ter tido mais algumas nomeações, somente em 1993 Pacino conseguiria alcançar o almejado prémio com o filme “Scent of a woman” de Martin Brest, no qual desempenha o papel de um militar reformado, cego e com um feitio irascível; para além de ter ganho o Óscar de melhor ator, foi também cogitado para a indicação de melhor ator (coadjuvante/secundário) com o filme Glengarry Glen Ross. O feito de Al Pacino só iria ser repetido em 2005, quando o ator Jamie Foxx ganhou o prêmio de melhor ator pela atuação no filme Ray, o qual interpretava o cantor americano Ray Charles, e foi indicado a melhor Ator (coadjuvante/secundário) pelo filme "Collateral", no qual interpretava o papel de um motorista de táxi a serviço de um homicida interpretado por Tom Cruise. Aproximou-se, também, do feito de Al Pacino e Jamie Foxx a atriz Julianne Moore, que em 2003 foi indicada às duas categorias, não tendo no entanto, de qualquer da vezes, conseguido ganhar nenhum deles.
Depois dessas nomeações, Pacino nunca mais foi nomeado para qualquer dos prémios; no entanto, conseguiu vencer dois Globos de Ouro.
Na década de 1980, a carreira de Pacino entrou numa curva descendente, com as suas actuações em Cruising e Author! Author!, a não serem muito apreciadas pela crítica. No entanto, conseguiu mais uma nomeação para os Globos de Ouro com o filme Scarface, onde representa o papel do barão da droga cubanoTony Montana.
O reverso da medalha surge em 1985, com o filme Revolution, a ser considerado por alguns como a sua pior actuação de sempre, o que o levou de volta para o teatro nos quatro anos seguintes. Em 1989 regressou com Sea of Love, seguido de uma série de excelentes interpretações em Carlito’s Way, Heat, Donnie Brasco e The Recruit.
Vida pessoal
Filhos
Embora nunca tenha se casado, Pacino é pai de quatro filhos. A mais velha, Julie Marie (nascida em 1989), é sua filha com a preparadora de atores Jan Tarrant. Os filhos gêmeos, Anton James e a filha Olivia Rose (nascida em 25 de janeiro de 2001), com a atriz Beverly D'Angelo, com quem teve um relacionamento de 1996 até 2003.[8]
Também é pai de Roman Pacino (nascido a 15 de junho de 2023 (1 anos)) com a produtora de Cinema e TV, Noor Alfallah (nascida a 02 de dezembro de 1993 (30 anos)-54 anos mais nova que o ator), com quem manteve um relacionamento de 2022 a 2024.[9]
Outros relacionamentos
Pacino teve um relacionamento com Diane Keaton - sua co-estrela nos três filmes de Godfather - que terminou após a filmagem de The Godfather Part II. Ele também teve relacionamentos com Tuesday Weld, Jill Clayburgh, Marthe Keller, Kathleen Quinlan, e Lyndall Hobbs. Pacino teve um relacionamento de dez anos com a atriz argentina Lucila Polak de 2008 a 2018.