Ādur ou ādar é a palavra em persa médio e parta para "fogo", derivada do avésticoātar. Foi um termo utilizado para indicar templos zoroastristas dedicados ao fogo sagrado, bem como é o nome do nono mês do calendário zoroastrista e o nome dia do mês.[2] Por sua vez, o teônimo Hormisda é a versão latina do persa médio Hormisde (𐭠𐭥𐭧𐭥𐭬𐭦𐭣; Hormizd),[3] Ormasde (Ōhrmazd),[4] Hormosde / Ormosde ((H)ormozd),[5] Ormusde (Ormozd)[6] ou Oramasde (Ohramazd), o nome da divindade suprema no zoroastrismo, cujo nome avéstico era Aúra-Masda (Ahura-Mazdāh). Foi registrao em persa antigo como Auramasda (Auramazdā),[7][8] em grego como Hormisdas (Ορμίσδας, Ormísdas), Hormisdes (Ορμίσδης, Ormísdēs), Horomazes (Ωρομάζης, Oromázēs) e Hormisdates (Ορμισδάτης, Ormisdátēs), em árabe era Hormuz (هرمز), em armênio como Oramasde (Օրամազդ; Oramazd)[9] e Ormisde (Որմիզդ, Ormizd) e em georgiano era Urmisde (ურმიზდი, Urmizd).[10][11]
Vida
As origens de Adur Hormisda são incertas. Krikor Jacob Basmadjian considera-o um armeno-persa,[1] mas para René Grousset era iraniano.[12]Cyril Toumanoff, por outro lado, o assumiu como um dinasta arsácida da Armênia, sem determinar o parentesco com os outros membros dessa família.[13] Foi nomeado marzobã da Armênia pelo xáIsdigerdes II(r. 438–457) após Vasaces I ser removido da posição e em especial após a grande revolta causada pela tentativa de forçar o masdeísmo na Armênia.[14] Isdigerdes convocou os principais nacarares, responsáveis pela revolta, à corte em Ctesifonte para castigá-los e mantê-los como reféns para garantir a docilidade dos armênios.[15] Enquanto isso, Adur Hormisda praticou uma política de apaziguamento na Armênia, sobretudo em questões religiosas. Convocou os principais líderes da Igreja Armênia para indagar sobre a situação e lembrar os banidos, fugitivos e emigrantes a quem confiscou seus bens.[16] Durante os anos seguintes, os reféns foram liberados gradualmente. O último nacarar remanescente retornou à Armênia em 464. Adar Gusnaspe foi nomeado marzobã em 465.[17]
Aḥsan, ʻAbdushshakūr (1992). Studies in Persian Language and Literature. Laore, Paquistão: Bazm-e-Iqbal
Basmadjian, Krikor Jacob (1914). «Chronologie de l'histoire d'Arménie». Revue de l’Orient chrétien. IX (XIX)
Boyce, Mary (1983). «ĀDUR». Enciclopédia Irânica Vol. I, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung
Kellens, Jean (2009). Zarathushtra entre l'Inde et l'Iran études indo-iraniennes et indo-européennes offertes à Jean Kellens à l'occasion de son 65e anniversaire. Viesbade: L. Reichert
Lukonin, Vladimir Grigorʹevich (1967). Persia II. Cleveland: World Publishing Company
Murray, John (1985). Samarkand. Battle Creek, Michigão: Ellis. ISBN9780856281518
Rapp, Stephen H. Jr. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN1472425529
Schmitt, R. (1986). «Artaxerxes». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 654–655
Shayegan, M. Rahim (2004). «Hormozd I». Enciclopédia Irânica, Vol. XII, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 462–464
Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle: Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila
Vevaina, Yuhan; Canepa, Matthew (2018). «Ohrmazd». In: Nicholson, Oliver. The Oxford Dictionary of Late Antiquity. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN978-0-19-866277-8A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)