Adriano Comneno foi o quarto e penúltimo filho do doméstico das escolasJoão Comneno, o jovem irmão do imperador Isaac I Comneno(r. 1057–1059) e Ana Dalassena.[1][2] De acordo com o historiador Nicéforo Briênio, após a morte de João, Ana confiou Adriano a seu irmão mais novo Nicéforo aos tutores, e deu a eles uma educação enciclopédica.[2] Após a ascensão de Aleixo ao poder em 1081, Adriano foi elevado à nova dignidade de protosebasto e passou a receber os rendimentos da península de Cassandra inteira, na Calcídica.[3] Foi também confiado com comandos militares nas campanhas de 1082–1083 contra os normandos de Roberto Guiscardo e Boemundo na Tessália. Em 1086, sucedeu Gregório Pacuriano como doméstico das escolas do Ocidente, e em 1087, lutou na batalha de Distra contra os pechenegues, comandando um contingente mercenário franco no centro bizantino. A batalha terminou em uma derrota desastrosa, e Adriano por pouco não foi capturado.[4] Adriano é mencionado na A Alexíada como tendo participado em 1091 na campanha contra os pechenegues (junto com o protoestratorMiguel Ducas, ele supervisionou a construção de uma ponte sobre o rio Evros), mas não é registrado na decisiva batalha de Levúnio.[5]
Pouco depois, Adriano teve um grande desentendimento com seu irmão mais velho, o sebastocratorIsaac: Isaac afirmou que Adriano era o responsável pelas acusações de conspiração contra o imperador que foram levantadas contra seu filho João, governador de Dirráquio.[5] Em 1094, Adriano presidiu sobre o tribunal que julgou Nicéforo Diógenes, o filho do imperador Romano IV Diógenes(r. 1068–1071), que tinha tentado assassinar o imperador. No mesmo ano, é registrado como tendo participado no sínodo que condenou Leão da Calcedônia.[6] A data de sua morte é disputada: a data comumente aceita decorre de um manuscrito que registra-o se retirando para um mosteiro sob o nome monástico João, e morrendo em 16 de abril de 1105. Basil Skoulatos, contudo, duvida desta informação, uma vez que o nome de Adriano está ausente da lista de mortos do tipicon Cecharitomeno (escrito ca. 1118), mas está presente no tipicon Pantocrator de 1136. Assim, Skoulatos coloca a morte de Adriano em algum momento entre 1118 e 1136.[7][8]