Adriana Barsotti
Adriana Barsotti (Rio de Janeiro, 26 de março de 1968) é uma jornalista brasileira.
Biografia
Adriana Barsotti Vieira é atualmente professora adjunta do Iacs, Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense; consultora para projetos digitais (como o do Sistema Globo de Rádio na transição das rádios analógicas para digitais), e colaboradora do Projeto #Colabora,[1] um dos empreendimentos jornalísticos digitais brasileiros surgidos na esteira da migração de leitores para os meios digitais.
Lançou, em dezembro de 2018, o segundo livro: Uma história da primeira página: do grito ao silêncio no jornalismo em rede,[2] pela Editora Insular. Seu primeiro livro, Jornalista em mutação: do cão de guarda ao mobilizador de audiência, foi publicado pela Editora Insular em 2014. Como consultora, coordenou, pela editora Intrínseca, o projeto de adaptação para livros digitais, lançados em 2014, da série sobre a ditadura[3] de Elio Gaspari: A ditadura envergonhada, A ditadura escancarada, A ditadura derrotada e A ditadura encurralada. Também como consultora, foi responsável pela edição multimídia do livro Cartas do pai,[4] de Alceu Amoroso Lima, pelo Instituto Moreira Salles, em 2016.
No jornal carioca O Globo, Adriana Barsotti foi editora do Globo a Mais, revista eletrônica para tablets, de 2012 a 2013; gerente de produto, entre 2008 e 2011, responsável pelo planejamento de produtos para site, celular e tablet; editora do suplemento juvenil Megazine, de 2004 a 2007, e editora-assistente de Política, entre 2001 e 2004. Chefiou a sucursal do Rio de Janeiro da revista Istoé Gente, publicada pela Editora Três; foi editora-assistente da coluna Ricardo Boechat em O Globo, e repórter dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.
É graduada em Jornalismo pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO UFRJ) e pós-graduada em Marketing pelo Coppead/UFRJ. É mestre e doutora em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Como pesquisadora, atua na área de comunicação, com foco em jornalismo digital e convergência de mídias. Foi professora de graduação e pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio de Janeiro.
Adriana Barsotti é casada com o jornalista Agostinho Vieira, com quem tem uma filha. Tem uma filha do primeiro casamento.
Prêmios
Adriana Barsotti ganhou em 2018 o Prêmio Adelmo Genro Filho de melhor tese de doutorado do país em jornalismo[5] (Primeira página: do grito no papel ao silêncio no jornalismo em rede), conferido pela SBPJor (Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo).[6] Em 2013 recebeu o Prêmio Compós de Dissertação com o trabalho Transformações contemporâneas nas práticas jornalísticas: o jornalista on-line como mobilizador da audiência.[7]
Em 2019 Adriana venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos[8] na categoria Multimídia com a série de reportagens Sem direitos: o rosto da exclusão social do Brasil, publicada no Projeto #Colabora.[9] Idealizada por Adriana e produzida em parceria com os sites Amazônia Real[10] e Ponte Jornalismo, a série recebeu também menção honrosa no Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos.[11]
Adriana ganhou o Prêmio Esso de Contribuição à Imprensa em 2012,[12] conferido ao Globo a Mais, do qual era editora. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 1996 pela série de reportagens A história secreta da Guerrilha do Araguaia,[13] publicada em O Globo. A mesma série recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog,[14] menção especial na 14ª edição do Prêmio Internacional de Jornalismo Rey de España[15] e a Medalha Chico Mendes.
Bibliografia
- Uma história da primeira página: do grito ao silêncio no jornalismo em rede. 1ª ed. Florianópolis: Insular, 2018. 350p.
- 'Algoritmos como gatekeepers: os riscos para o jornalismo e para a sociedade'. Anais do 16º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. São Paulo: FIAM-FAAM / Anhembi Morumbi, 2018.
- Jornalista em mutação: do cão de guarda ao mobilizador de audiência. 1ª ed. Florianópolis: Insular, 2014. 272p.
- AGUIAR, Leonel (Org.); BARSOTTI, Adriana (Org.). Clássicos da comunicação: os teóricos de Pierce a Canclini. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2017. v. 1. 365p. Organizadora, com Leonel Aguiar.
- 'O jornalista como mobilizador da audiência na internet', com Leonel Aguiar, in Dione Oliveira Moura; Fabio Henrique Pereira; Zélia Leal Adghirni (orgs.). Mudanças e permanências do jornalismo. 1ª ed. Florianópolis: Insular, 2015, v. 1, p. 77-95.
- 'Jornalismo, interesse público e interesse do público: a imprensa popular na internet', in Ana Carolina Rocha Pessôa Temer; Marli dos Santos (orgs.). Fronteiras híbridas do jornalismo. 1ª ed. Curitiba: Appris Editora, 2015, v. 1, p. 101-115.
- 'Le journal comme catalyseur de la mobilisation du public sur internet', com Leonel Aguiar, in: Florence Le Cam; Dennis Ruellan (orgs.). Changements et permanences du journalisme. 1ª ed. Paris, França: L’Harmattan, 2014, v. 1, p. 63-78.
- AGUIAR, Leonel; BARSOTTI, Adriana. 'O jornalista on-line como mobilizador de audiência na internet', in V Congreso Internacional de Ciberperiodismo y Web 2.0. Bilbao, 2013, p. 67-83.
- 'Produção de notícias para dispositivos móveis: a lógica das sensações e o infotenimento', com Leonel Aguiar, in: João Canavilhas (org.), Notícias e mobilidade. 1ª ed. Covilhã, Portugal: Livros Labcom, 2013, v. 1, p. 295-318.
- 'As máquinas não param: o jornalismo em rede na era da convergência de redações'.[16] Revista Líbero, Faculdade Cásper Líbero, v. 41, p. 143-154 , 2018.
- 'Da manchete ao post: a formação de múltiplas agendas nas redes sociais'.[17] Revista Contracampo, PPGCOM-UFF, v. 37, p. 168-191, 2018.
- 'Um silêncio ronda as home pages: perda de audiência e mudanças nas rotinas produtivas'.[18] Revista Parágrafo, FIAM-FAAM, v. 5, p. 178, 2017.
- 'O jornalismo e os dilemas da contemporaneidade: o eu, o aqui e o agora'.[19] Revista Mídia e Cotidiano, PPGMC-UFF, v. 10, p. 192-209, 2016.
- 'Jornalismo amador: proposta para definir as práticas jornalísticas exercidas pelo público em ambientes interativos'.[20] Revista Pauta Geral - Estudos em Jornalismo, v. 1, p. 46-61, 2014.
- 'Transformações contemporâneas nas práticas jornalísticas: o jornalista on-line como mobilizador da audiência'.[21] Revista E-Compós, v. 17, p. 1-20, 2014.
- 'Two screens, two paths: news production for smartphones and tablets on the Brazilian newspapers scene'.[22] The official research journal of the International Symposium on Online Journalism, v. 4, p. 112-132, 2014.
- 'Duas telas, dois caminhos. A produção de notícias para celular e tablet no panorama dos jornais brasileiros'.[23] Sur le journalisme, v. 3, p. 56, 2014.
- 'Mobilizar a audiência: uma experiência contemporânea no jornalismo online'.[24] Revista Alceu (PUC-Rio), v. 13, p. 5-19, 2012.
- 'As novas tecnologias digitais e as perspectivas para o jornalismo e a literatura eletrônicos'.[25] Revista Comunicação & Inovação, v. 11, p. 8-15, 2010.
Referências
Ligações externas
- Currículo Lattes[1]
- Perfil de autor no Projeto #Colabora[2]
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