Academia de Ciências da Rússia (em russo: Российская академия наук, Rossiyskaya akademiya nauk, abreviada para PAH, RAN) é a academia nacional de ciências da Rússia. Esta organização inclui institutos científicos vindos de toda a Federação da Rússia. É uma honra ser eleito membro da academia. Em novembro de 2024, havia 802 membros ativos (inclusive 16 professores de RAN) e 1071 membros correspondentes (inclusive 163 professores). 534 professores de RAN são associados com a academia, mas não são membros.
Sob a liderança da Princesa Catarina Vorontsova-Dashkova (1783-96), a Academia estava engajada em compilar o enorme Dicionário Acadêmico da Língua Russa. Expedições para explorar áreas remotas do país tiveram como líderes ou membros mais participantes os próprios cientistas da Academia. Incluídas nestas expedições estavam a segunda expedição de Vitus Bering à Península de Kamchatka em 1733-43, e as expedições de Peter Simon Pallas à Sibéria.[2]
Em Dezembro de 1917, Sergei Fedorovich Oldenburg, um etnógrafo e ativista político do Partido Constitucional Democrático encontrou-se com Lenin para discutir o futuro da Academia. Eles concordaram que o conhecimento da Academia fosse aplicado nas questões da construção do Estado, e em troca o regime Soviético daria à Academia seu apoio político e financeiro. No início de 1918 foi acertado que a Academia iria responder ao Departamento de Mobilização das Forças Científicas do Narkompros, que substituiu o Ministério da Educação do Governo Provisional. Em 1925, o governo Soviético reconheceu a Academia Russa das Ciências como a "mais alta instituição científica de toda a União," e a renomeou como Academia das Ciências da URSS. A Academia das Ciências da URSS ajudou a estabelecer as Academias das ciências em todas as repúblicas Soviéticas (com exceção da RSFS da Rússia), e em vários casos delegando cientistas proeminentes para trabalhar e viver nessas repúblicas. Estas academias eram:
Em 1934 a sede da Academia mudou-se de Leningrado (anteriormente São Petersburgo) para a capital Russa, Moscou, junto com vários institutos acadêmicos.
Após a queda da União Soviética, por decreto do Presidente da Rússia em 2 de Dezembro de 1991, o instituto tornou-se novamente a Academia de Ciências da Rússia, herdando todas as instalações da Academia de Ciências da URSS no território russo.
Cronologia
1724 - Academia de Ciências de São Petersburgo é criada em S. Petersburgo por ordem do Imperador Pedro, o Grande, através de um decreto datado de 28 de Janeiro (8 de Fevereiro, no calendário Gregoriano) de 1724. A Academia é criada tendo como base os modelos das academias ocidentais - mas diferentemente delas, a ARC tem autonomia com relação ao Estado.
1936 - A Academia de Ciências da URSS muda-se para Moscou.
Criação das Academias nas outras RSS (independentes desde 1991).
1991 - Academia de Ciências da Rússia. Reconstituída por decreto presidencial em 21 de Novembro de 1991 como a principal instituição acadêmica da Rússia.
Estrutura
A ARC consiste em 13 sedes por domínio científico, em 4 sedes territoriais e 15 centros científicos regionais. A Academia possui inúmeros conselhos, comitês e comissões, organizados para diferentes propósitos.[3]
Instituições
A Academia Russa das Ciências engloba um grande número de instituições educacionais e de pesquisa como
O Instituto de Física e Tecnologia de Moscou não pertence à ARC (pertence ao Ministério da Educação da Federação Russa), mas o sistema de educação ("Sistema Phystech") usa vários dos institutos da ARC (assim como de outras instituições) como centros educacionais.
Os institutos que fazem parte da ARC são ligados pela Internet Científica Espacial Russa (ICER). A ICER, iniciada com somente 3 membros, atualmente possui 3 100, incluindo 57 das maiores instituições de pesquisa.
Prêmios
A Academia entrega periodicamente vários prêmios, parabenizações e medalhas diferentes: