A história da ACL é dividida em três partes. A primeira tem início em 15 de agosto de 1894 quando foi fundada, e vai até 17 de julho de 1922, quando Justiniano de Serpa lhe promoveu a reconstituição. Esse primeiro período foi áureo para as letras cearenses, quando a inquietação de intelectuais já havia motivado a criação da Padaria espiritual, dois anos antes de sua fundação. O Ceará ocupava então importante papel dentro do movimento literário nacional, tendo se antecipado inclusive à criação da Academia Brasileira de Letras, fundada três anos depois da ACL, e à Semana de 22.
Foi fundada como Academia Cearense e a primeira revista foi publicada em 1896, com periodicidade anual até 1914. Seu primeiro presidente foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II). Iniciou as atividades com 27 membros.
A segunda fase tem início em 1922, quando Justiniano de Serpa, diante da situação em que se encontrava a instituição com somente oito membros ainda residentes em Fortaleza,[3] reorganiza-a sob a nova denominação de "Academia Cearense de Letras". Neste novo formato, foram ampliadas as vagas, passando então para as atuais 40 cadeiras. Foi deste mesmo período a denominação dos patronos. No ano seguinte ao de sua reformulação, a morte de Justiniano de Serpa em 1 de agosto de 1923 fez a instituição ficar na penumbra até 1930.[4]
Em 21 de maio de 1930 foi instalada a reunião de reorganização da instituição, agora em definitivo até os nossos dias, na casa de Tomás Pompeu. Desde então sua revista passou a ser publicada ininterruptamente.[5]
Um fato especial traz novos ares à Academia: sua instalação no Palácio da Luz, em 1989, quando, depois de funcionar de 1978 a 1986 no Palácio Senador Alencar, que fora sede da Assembleia Legislativa e hoje abriga o Museu do Ceará, e em salas do Edifício Progresso, a Academia conhece sua sede definitiva. Anteriormente, a instituição peregrinara por diferentes salões: “As sessões ordinárias realizaram-se, a princípio, no salão de honra da Fênix Caixeiral, depois, no do Clube Euterpe, no Instituto do Ceará [...], casa de residência de Walter Pompeu, Clube Iracema, Instituto Epitácio Pessoa, casa de residência de Dolor Barreira e Casa de Tomás Pompeu.” Essa edificação trata-se a antiga sede do Governo do Ceará, um importante prédio que faz parte do conjunto arquitetônico da Praça dos Leões em Fortaleza.[6]
Prêmio Osmundo Pontes (categorias: poesia e conto).
Prêmio Antônio Martins Filho (para jovens poetas).
Prêmio Fran Martins (para jovens escritores).
Prêmio Edilson Brasil Soárez.
Medalha Barão de Studart.
Medalha Thomaz Pompeu.
Centro de Cultura
A Academia Cearense de Letras está se transformando num grande centro de cultura e pesquisa, abrigando entidades que não possuem sede própria, tais como: Academia Fortalezense de Letras, Academia Cearense de Retórica, Academia Cearense da Língua Portuguesa, Associação Brasileira de Bibliófilos, Sociedade Amigos do Livro (com a “Biblioteca Olga Barroso”, que reúne importante acervo com cerca de 4.000 títulos, boa parte da coleção do Governador Parsifal Barroso), União Brasileira dos Trovadores (seção Ceará), Sociedade Cearense de Geografia e História, Associação de Jornalistas Escritores do Brasil (secção Ceará), Academia Feminina de Letras, Academia de Letras e Artes do Ceará, Academia Ipuense de Letras e o Programa Terça-Feira em Prosa e Verso.[10][11][12]