Lançada primeiramente em dezembro de 1996, a ACPI define interfaces independente de plataforma para a descoberta de hardware, configuração, gerenciamento de energia e monitoramento. Ela visava substituir a Advanced Power Management, a MultiProcessor Specification e a especificação BIOS Plug and Play.[1] O padrão trouxe o gerenciamento de energia sob o controle do sistema operacional, como o oposto do sistema anterior centralizado na BIOS, o qual dependia de firmware específico da plataforma para determinar as políticas de gerenciamento de energia e configuração.[2] A especificação é central para o Operating System-directed configuration and Power Management (OSPM), um sistema que implementa a ACPI e que remove as responsabilidades de gerenciamento de dispositivo das interfaces de firmware legadas.
Intel, Microsoft e Toshiba originalmente desenvolveram o padrão. A HP e a Phoenix também participaram mais tarde. Como a tecnologia ACPI ganhou adoção mais ampla com muitos sistemas operacionais e arquiteturas de processadores, o desejo de melhorar o modelo de governança da especificação aumentou significativamente. Em outubro de 2013 os desenvolvedores originais do padrão ACPI concordaram em transferir todos os ativos para o UEFI Forum, onde todo o desenvolvimento futuro terá lugar.[3] A última versão da norma é a "Revisão 6.0", que foi publicada pelo UEFI Forum em abril de 2015.[4]
ACPI tem como objetivo consolidar e melhorar a alimentação existentes e os padrões de configuração para os dispositivos de hardware,[5] fornecendo uma transição a partir de padrões estabelecidos em hardware compatíveis completamente com ACPI, fazendo com que alguns sistemas operacionais removam o suporte ACPI de hardwares.[6]
Definições
Estados de energia globais
G3
Mechanical Off (desligado mecanicamente).
G2
Soft Off (desligado por software) — existe uma corrente elétrica mínima e não é seguro desmontar o equipamento; também denominado S5.
G1
Sleeping (literalmente, "dormindo") — o computador parece desligado mas quando ele "acorda" (wake) o sistema operacional não precisa ser reiniciado.
G0
Working (funcionando) — apesar de o computador estar ligado, os periféricos podem estar em estados variáveis de conservação de energia.
Estados dentro de sleeping
As especificações da ACPI não dão nome aos seguintes estados, de forma que vários nomes são usados para a mesma coisa, e às vezes um mesmo nome é usado em sentidos diversos.
Semelhante ao S1, mas o contexto da CPU é perdido, e o sistema operacional é responsável por restabelecer esse contexto quando a máquina "acordar". Pouco comum.
S3
A memória RAM continua recebendo energia, mas não a CPU e o cache de memória; quando o sistema "acorda", a informação armazenada na RAM é utilizada para restabelecer o estado prévio. No Windows isso é chamado de "modo de espera", em outras situações de "suspender para a RAM".
S4
Nem a memória RAM recebe energia; quando o computador "acorda", o estado prévio é recuperado através de informações armazenadas no disco rígido. Conhecido como "hibernar" no Windows e "Suspender para o disco" em outros sistemas operacionais.
Estados de energia dos dispositivos
D3
Off (desligado).
D2-1
Estados intermediários; especificação depende do tipo de dispositivo.
D0
Fully-On (ligado).
Estados de energia do processador
C0
Processando informações
C1-3
Inativo, mas reativados no caso de instruções, com latência progressivamante maior.
Estados de desempenho
Para dispositivos em D0 e processadores em C0, é possível especificar dois ou mais níveis de consumo de energia sendo P0 o estado de maior consumo. No caso dos processadores, a Intel chama essa tecnologia de SpeedStep e a AMD de Cool'n'Quiet.