O desenvolvimento de um novo título da franquia começou no primeiro semestre de 2016. O contrato entre a Eon Productions e Metro-Goldwyn-Mayer com a Sony Pictures Entertainment, que coproduzia e distribuía os filmes da nova safra, havia encerrado após o lançamento de Spectre. Em abril de 2017, iniciou-se uma disputa pelos direitos com outros grandes estúdios, incluindo a própria Sony, Warner Bros. Pictures, 20th Century Fox, Universal Pictures e Annapurna Pictures.[7] A Universal ganhou a disputa, ficando com a distribuição internacional e home video, incluindo Estados Unidos e Canadá. Em comemoração aos 100 anos de existência da United Artists, a MGM, juntamente com a Orion Pictures, através de uma joint venture com a Annapurna, formou a United Artists Releasing, selo responsável pela distribuição doméstica teatral de Bond 25. A transmissão digital e direitos televisivos mundiais também estão asseguradas a MGM.[8] Em maio de 2018, Danny Boyle foi confirmado como diretor do longa-metragem, com as filmagens tendo início em dezembro do mesmo ano.[9] Três meses após o anúncio oficial, Boyle deixou a produção devido a divergências criativas.[10] Em setembro de 2018, Cary Joji Fukunaga foi anunciado como novo diretor, tornando-se o primeiro estadunidense a dirigir um filme da franquia 007.[11] Em 20 de agosto de 2019, foi divulgado que o título oficial do filme seria No Time to Die.[12]
As filmagens, antes programadas para dezembro de 2018 no Pinewood Studios, no Reino Unido, foram adiadas para abril de 2019 após a saída de Boyle.[10] A filmagem principal teve início no dia 28 de abril de 2019 em Port Antonio, na Jamaica.[13] Outros locais de filmagens incluem as comunas de Nittedal, na Noruega,[14] e Matera, na Itália,[15] e a cidade de Aviemore, na Escócia.[16] Originalmente previsto para ser lançado em 2020, o filme sofreu vários adiamentos por conta da pandemia de COVID-19.Erro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref>
Billy Magnussen como Logan Ash, outro agente da CIA
Produção
Desenvolvimento
O desenvolvimento de um novo título da franquia começou no primeiro semestre de 2016. O contrato entre a Eon Productions e Metro-Goldwyn-Mayer com a Sony Pictures Entertainment, que coproduzia e distribuía os filmes da nova safra, havia encerrado após o lançamento de Spectre. Em abril de 2017, iniciou-se uma disputa pelos direitos com outros grandes estúdios, incluindo a própria Sony, Warner Bros. Pictures, 20th Century Fox, Universal Pictures e Annapurna Pictures.[7] A Universal ganhou a disputa, ficando com a distribuição internacional e home video, incluindo Estados Unidos e Canadá. Em comemoração aos 100 anos de existência da United Artists, a MGM, juntamente com a Orion Pictures, através de uma joint venture com a Annapurna, formou a United Artists Releasing, selo responsável pela distribuição doméstica teatral de No Time to Die. A transmissão digital e direitos televisivos mundiais também estão asseguradas a MGM.[8]
Em março de 2017, Neal Purvis e Robert Wade, que coescreveram as histórias dos filmes da série 007 desde The World Is Not Enough, de 1999, iniciaram os trabalhos no roteiro.[17] Mesmo com a aclamação da crítica especializada e do sucesso comercial de Skyfall, incluindo Spectre, as maiores bilheterias da franquia, Sam Mendes declarou que não iria dirigir uma nova parcela do espião britânico.[18]
Vários diretores estavam na mira da Eon e MGM, incluindo Yann Demange, David Mackenzie, Denis Villeneuve e Christopher Nolan,[19] este último sendo o preferido para assumir a produção. Mais tarde, Nolan disse que, além de ser fã de James Bond, adoraria dirigir um filme da série 007 e só se envolveria com a franquia se fosse para trazer "algo completamente novo", mas que ainda não era o momento.[20] Em dezembro de 2017, Villeneuve se retirou do projeto para se dedicar totalmente ao seu novo filme de ficção científica, a segunda adaptação de Duna.[21] Em maio de 2018, Danny Boyle foi anunciado como diretor do longa-metragem, com as filmagens previstas para iniciarem em dezembro do mesmo ano.[9] Boyle tinha uma "ideia específica" para o filme, e por isso necessitaria do roteirista John Hodge, que trabalhara com Boyle em diversos projetos. Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, responsáveis pelas produções da franquia 007, além da palavra final em cada filme, ficaram empolgados com a ideia. Ambos deixaram claro que se o roteiro de Hodge não estivesse dentro das expectativas, voltariam ao plano original, usando a história da dupla Neal Purvis e Robert Wade.[22] Três meses após o anúncio oficial, Boyle deixou a produção devido a divergências criativas.[10] Com a saída de Boyle, John Hodge também abandonou o projeto.
Após a especulação de vários nomes,[23][24] Cary Joji Fukunaga foi anunciado como novo diretor em setembro de 2018,[11] tornando-se o primeiro estadunidense da história dirigir um filme da franquia 007. Foi anunciado também a contratação de Linus Sandgren, como diretor de fotografia,[25] e Dan Romer, para compor a trilha sonora.[26] Purvis e Wade retornaram para refazer o roteiro.[27] Em novembro de 2018, Paul Haggis, coroteirista de Casino Royale, foi contratado para reescrever o roteiro de Purvis e Wade.[28] Em fevereiro de 2019, Scott Z. Burns, que contribuiu para filmes como The Bourne Ultimatum e Contágio, foi contratado para também trabalhar em cima do roteiro da dupla.[29] A pedido de Daniel Craig, a escritora e criadora das séries Fleabag e Killing Eve, Phoebe Waller-Bridge, foi contratada em abril de 2019 para adicionar mais humor ao roteiro.[30] Waller-Bridge é a segunda roteirista feminina da história da série James Bond a ser creditada depois de Johanna Harwoodco, que coescreveu Dr. No e From Russia with Love.[31]
Em resposta ao Movimento Me Too, a produtora Barbara Broccoli disse que as atitudes de Bond às mulheres seria totalmente outro em No Time to Die,[31] o que também foi endossado ela roteirista Waller-Bridge.[32]
Chamada do elenco
Especulações davam conta que Daniel Craig não retornaria para um próximo filme. O próprio ator disse em uma entrevista de 2015 que "preferia cortar os pulsos" do que viver James Bond novamente no cinema.[33] Em agosto de 2017, durante o late-night talk show da CBS, The Late Show with Stephen Colbert, Craig anunciou que reprisaria o papel do espião britânico pela última vez.[34]
Após a estreia de Spectre, boatos indicavam que Christoph Waltz havia assinado o contrato para retornar como o vilão Ernst Stavro Blofeld, mas sob a condição de que Craig retornasse como Bond.[35] Em outubro de 2017, Waltz informou que não voltaria como Blofeld.[36] Porém após negociações Christoph Waltz resolveu retonar a franquia reprisando seu papel de Blofeld para o encerramento da Era Craig e o desfecho do arque inimigo de Bond.[37] Em uma entrevista no final 2018, Fukunaga revelou que Ben Whishaw, Naomie Harris, Rory Kinnear, Jeffrey Wright e Ralph Fiennes assinaram contrato para reviverem seus papéis dos filmes anteriores. Fukunaga também revelou que Léa Seydoux estaria reprisando seu papel como Madeleine Swann, sendo a terceira atriz a interpretar uma Bond girl em mais de um filme da franquia, se igualando a Eunice Gayson, a primeira Bond girl da história, que interpretara Sylvia Trench em Dr. No e From Russia With Love.[38] e Maud Adams, atriz sueca, que foi a segunda atriz a interpretar duas bond girls diferentes em filmes de James Bond, a saber: Andrea Anders (em 007 contra o Homem da Pistola de Ouro) e Octopussy (o papel-título) em 007 contra Octopussy..
A filmagem principal teve início no dia 28 de abril de 2019 em Port Antonio, na Jamaica.[13] No mês seguinte, enquanto filmava no país, Daniel Craig sofreu uma lesão no tornozelo e precisou passar por uma cirurgia.[41] Em junho, uma explosão controlada durante as filmagens causou danos ao 007 Stage, estúdio do Pinewood Studios onde são gravados os filmes da franquia, o que acabou paralisando novamente a produção. Um membro da equipe teve ferimentos leves.[42] Cenas também foram gravadas em Londres.[43][44][45] Outros locais de filmagens incluem a comunaNittedal, na Noruega,[14] e a cidade de Aviemore, na Escócia.[16] Cenas da sequência de abertura dos pré-créditos foram filmadas em Matera, na Itália.[15]
Marca registrada dos filmes de James Bond, a fabricante de carros desportivos de luxo Aston Martin confirmou que os modelos V8 Vantage,[46] DB5 e Valhalla estarão no longa-metragem.[47]
No Time to Die é o primeiro da série a ter cenas filmadas em IMAX.[48]
No Time to Die estava originalmente programado para estrear em 8 de novembro de 2019.[53] Com a saída de Boyle, foi adiado para fevereiro de 2020 e, em seguida, para 3 de abril de 2020 no Reino Unido.[54][55] A estréia na China e uma turnê de publicidade em todo o país, planejada para abril de 2020, foram canceladas devido ao surto de COVID-19 no país.[56] Em março de 2020, a propagação global do vírus e a declaração de uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde levaram a uma carta aberta conjunta de dois sites de fãs de James Bond dirigida aos produtores. A carta pedia o adiamento do lançamento para minimizar o risco de disseminação da doença e garantir o sucesso comercial do filme.[57][58] Em 4 de março de 2020, a MGM e a Eon Productions anunciaram que, após uma "avaliação completa do mercado teatral global", o lançamento do filme foi adiado para 12 de novembro de 2020 no Reino Unido e 25 de novembro de 2020 nos Estados Unidos.[59][60]No Time to Die foi o primeiro grande filme afetado pela pandemia.[61] De acordo com o Deadline Hollywood, que citou fontes internas, o atraso não estava diretamente relacionado ao coronavírus; mudar o filme para novembro combinaria com a janela tradicional de lançamento de filmes de James Bond e a MGM e a Universal precisavam garantir um forte desempenho em todos os mercados internacionais ou enfrentariam a perda da franquia. A reprogramação garantiria que todos os cinemas, principalmente os da China, Coréia do Sul, Japão, Itália e França que foram fechados devido à pandemia, estivessem abertos e operacionais.[61]
No auge da pandemia, estima-se que 70.000 cinemas na China tenham fechado,[62] e países como Austrália e Grã-Bretanha fecharam cinemas para minimizar a propagação do vírus. A Variety disse que o estúdio já gastou $ 66 milhões na promoção do filme, enquanto o The Hollywood Reporter escreveu que o atraso custou à MGM entre $ 30-50 milhões em custos de marketing desperdiçados e estimou que as perdas de bilheteria globais poderiam ter ultrapassado $ 300 milhões se o filme tivesse permanecido em seu slot de abril de 2020.[63] Em outubro de 2020, depois que se tornou aparente que os cinemas, especialmente nos EUA, não veriam a demanda total, No Time to Die foi adiado novamente para 2 de abril de 2021 nos Estados Unidos.[64] Depois que o adiamento foi anunciado, a rede de cinemas britânica Cineworld, a segunda maior rede de cinemas do mundo, fechou seus cinemas por tempo indeterminado.[65] O presidente-executivo Mooky Greidinger disse que o atraso foi a "gota d'água" para a Cineworld, após uma série de atrasos e cancelamentos de outros filmes.[66]
Em comemoração aos 100 anos de existência da United Artists, a Metro-Goldwyn-Mayer, juntamente com a Orion Pictures, através de uma joint venture com a Annapurna Pictures, formou a United Artists Releasing, selo responsável pela distribuição doméstica teatral de No Time to Die. A transmissão digital e direitos televisivos mundiais também estão asseguradas a MGM. A Universal Pictures ficou responsável pela distribuição internacional nos cinemas e home video doméstico.[8]
Antes chamado apenas de Bond 25, da divulgação do filme até as filmagens, No Time to Die foi anunciado como o título oficial da produção em 20 de agosto de 2019 através das redes sociais da franquia.[12]
Recepção
O Metacritic atribuiu ao filme uma pontuação média ponderada de 70 de 100 com base em 39 críticos, indicando "críticas geralmente favoráveis".[67]